Paulo Gonet denuncia ex-assessor de Alexandre de Moraes por violação de sigilo e tentativa de golpe

Eduardo Tagliaferro é acusado de violação de sigilo funcional, coação em processo e obstrução de investigações no STF e TSE.

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

Brasília – O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou nesta sexta-feira (22) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, pelos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação envolvendo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A denúncia está relacionada ao vazamento de mensagens sigilosas trocadas entre servidores do gabinete de Moraes no STF e no TSE.

Entre maio e agosto do ano passado, Tagliaferro teria revelado a veículos de comunicação diálogos sigilosos obtidos no exercício de seu cargo na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE. Em julho deste ano, após deixar o Brasil, ele teria ameaçado divulgar novas informações sigilosas no exterior, comprometendo a credibilidade das investigações em curso.

O STF e o TSE, cujos servidores tiveram informações confidenciais expostas, foram diretamente afetados, gerando risco à segurança do sistema eleitoral e das investigações internas.

A denúncia da PGR foi baseada em oitivas, análise de mensagens e quebra de sigilo telemático autorizada pela Justiça, comprovando que Tagliaferro agiu de forma consciente e voluntária ao divulgar informações sigilosas enquanto exercia funções de confiança.

Segundo a PGR, o ex-assessor agiu “para atender a interesses ilícitos de organização criminosa responsável por disseminar notícias fictícias contra o sistema eletrônico de votação e a atuação do STF e TSE, bem como pela tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”.

A denúncia foi recebida pelo STF, que agora avaliará o prosseguimento das investigações e as medidas judiciais cabíveis contra Tagliaferro. O caso continua sob atenção, pois envolve segurança institucional e integridade do processo eleitoral, podendo gerar desdobramentos importantes para a Justiça Eleitoral e a proteção de dados sigilosos.

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