Os deportados para o país africano terão acesso à capacitação profissional, apoio com moradia e assistência médica, para que se integrem à sociedade.
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Em nova medida da ofensiva do governo Trump contra a imigração ilegal, o governo dos Estados Unidos firmou um acordo com Ruanda para o envio de até 250 imigrantes deportados de diferentes nacionalidades ao país africano.
Segundo autoridades de Ruanda, o entendimento foi assinado recentemente em Kigali, capital da nação localizada na África. A Casa Branca e o Departamento de Estado dos Estados Unidos não se manifestaram publicamente sobre o acordo.
O pacto prevê que Ruanda analisará cada nome e pode aceitar ou não a deportação. Um grupo de 10 imigrantes já foi selecionado por Washington para triagem. Os que forem aceitos no país africano terão acesso à capacitação profissional, apoio com moradia e assistência médica.
O governo ruandês diz que a ideia é oferecer condições para que essas pessoas possam se integrar à sociedade e contribuir com a economia do país. Nos últimos, Ruanda foi um dos países que mais cresceu economicamente na África.
Os deportados dos Estados Unidos não são obrigados a permanecer em Ruanda. Eles podem deixar o país a qualquer momento, tendo em vista que só serão aceitos aqueles que não tiverem pendências criminais ou com penas já cumpridas. Os EUA vão ajudar a nação receptora com um subsídio durante a cooperação.
Yolande Makolo, porta-voz do governo de Paul Kagame, explicou porque o país aceitou receber os imigrantes deportados. “Ruanda concordou em receber esses migrantes, em parte, porque quase todas as famílias ruandesas já viveram o drama do deslocamento forçado. E nossos valores sociais se baseiam na reintegração e na reabilitação”, disse.
Caso haja consenso entre os dois países, a medida pode ser estendida para além dos 250 imigrantes.
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