Campanha internacional liderada pela OMS e Unicef busca ampliar apoio a mães e conscientizar sobre os benefícios da amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Entre os dias 1º e 7 de agosto, o mundo se mobiliza para promover o aleitamento materno por meio da Semana Mundial da Amamentação. A campanha, que ocorre anualmente, tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância do leite materno para a saúde de bebês e mães, além de reforçar a necessidade de políticas públicas que apoiem essa prática essencial.
Coordenada globalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a iniciativa conta com o apoio de Ministérios da Saúde de diversos países, organizações da sociedade civil e profissionais de saúde.
Menos da metade dos bebês é amamentada exclusivamente
Apesar das recomendações internacionais, dados da OMS mostram que menos de 50% dos bebês com menos de seis meses de vida são alimentados exclusivamente com leite materno — um índice que preocupa especialistas, considerando os inúmeros benefícios comprovados da amamentação.
“Amamentar é uma das intervenções mais eficazes para proteger a saúde infantil e garantir o desenvolvimento saudável nos primeiros anos de vida”, destaca o comunicado da OMS.
Tema 2025: “Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos”
Neste ano, o tema da campanha é “Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos”, com foco no suporte contínuo que mães e bebês precisam receber ao longo de toda a jornada da amamentação. O lema ressalta a importância de um sistema de saúde engajado, profissionais capacitados e um ambiente acolhedor, tanto em casa quanto no trabalho.
A proposta da campanha é clara: garantir que todas as mulheres possam amamentar pelo tempo que desejarem, com base em informação confiável, orientação técnica e amparo legal. Isso inclui o investimento em consultorias especializadas em aleitamento, o cumprimento do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno e a criação de espaços apropriados para amamentar, inclusive em ambientes profissionais.
Benefícios que ultrapassam o indivíduo
A amamentação exclusiva até os seis meses e continuada com alimentos complementares até os dois anos ou mais não é apenas um cuidado individual. Ela contribui com a redução de custos com saúde, promove o desenvolvimento cognitivo das crianças, fortalece vínculos familiares, estimula a economia e amplia as chances de uma sociedade mais saudável e equitativa.
“O leite materno é o primeiro alimento ideal para os seres humanos. Ele oferece todos os nutrientes de que o bebê precisa nos primeiros meses de vida, além de conter anticorpos que protegem contra doenças comuns da infância”, enfatiza o Unicef.
A Semana Mundial da Amamentação foi oficialmente instituída em 2018, durante a Assembleia Mundial da Saúde, como parte de uma estratégia global de promoção à saúde materno-infantil. Desde então, a data mobiliza governos, profissionais da saúde, organizações comunitárias e a sociedade em geral para garantir um começo de vida digno e saudável a todas as crianças do planeta.
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