
Presidente dos EUA acusa Maduro de chefiar cartel de drogas e reforça possibilidade de ações militares na América Latina.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A pressão dos Estados Unidos sobre Nicolás Maduro subiu de nível. Donald Trump anunciou que o valor da recompensa por informações que levem à captura do presidente da Venezuela dobrou, chegando a US$ 50 milhões. Washington afirma que o regime chavista é sustentado por atividades criminosas e que o próprio Maduro é o chefe de um cartel de drogas com alcance internacional.
A decisão integra uma estratégia mais ampla contra o narcotráfico. Logo no início de seu segundo mandato, Trump determinou que cartéis ligados ao tráfico fossem classificados como organizações terroristas, o que dá base legal para ações militares fora do território norte-americano.
O secretário de Estado, Marco Rubio, reforçou a mudança de postura:
“Não podemos continuar tratando esses caras como se fossem gangues locais. Eles têm armas como terroristas ou até mesmo exércitos. Controlam territórios em alguns casos”, afirmou. “O que muda [com a classificação de terroristas] é que nos dá autoridade legal para atacá-los da maneira como conseguirmos”, completou.
Essa nova diretriz também mira facções brasileiras, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), suspeitas de envolvimento direto no comércio de drogas que abastece outros países da região.
Maduro já é considerado ilegítimo por boa parte da comunidade internacional, que aponta fraude nas últimas eleições e reconhece Edmundo González como o verdadeiro vencedor. Para o governo americano, o ditador não representa apenas uma ameaça política, mas também um risco à segurança continental.
Em resposta, o chanceler venezuelano, Yván Gil Pinto, chamou a medida de “cortina de fumaça” para desviar a atenção de problemas internos nos Estados Unidos. Já o ministro da Defesa, Padrino López, declarou que as Forças Armadas estão prontas para proteger Maduro contra qualquer tentativa de ação.
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