EUA deixam de recomendar vacinação universal contra COVID-19; decisão será compartilhada entre médico e paciente

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Comitê consultivo dos EUA muda orientação: vacina continua disponível para todos, mas só é recomendada de forma proativa a grupos de risco
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP), que assessora o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nos Estados Unidos, votou nesta semana para abandonar a recomendação universal da vacina contra a COVID-19. A partir de agora, a imunização deverá ser resultado de uma decisão compartilhada entre paciente e profissional de saúde.

A mudança mantém as vacinas disponíveis para todos os grupos elegíveis, mas recomenda que apenas pessoas com 65 anos ou mais e indivíduos com condições médicas de risco considerem a vacinação de modo proativo. Para os demais, a escolha dependerá de avaliação individualizada.

O painel também rejeitou a ideia de exigir receita médica para tomar a vacina, garantindo que o acesso siga amplo. Além disso, planos de seguro de saúde deverão continuar cobrindo o imunizante, conforme informado por autoridades.

Durante a reunião, conselheiros enfatizaram a necessidade de maior transparência sobre riscos e incertezas da vacinação, reforçando a importância do consentimento informado. Entre os efeitos colaterais já conhecidos, como inflamações cardíacas (miocardite e pericardite) em alguns grupos, não houve novos alertas que justificassem a retirada completa da recomendação.

A decisão do ACIP provocou reações divididas. Para parte da comunidade científica, a ausência de uma recomendação universal pode gerar confusão e aumentar a hesitação vacinal. Outros especialistas, no entanto, consideram positivo dar mais espaço para a autonomia do paciente em diálogo com o médico.

O novo posicionamento marca uma virada significativa na política de saúde dos EUA, que desde 2021 mantinha a vacinação universal como estratégia principal contra a COVID-19. Agora, o desafio será equilibrar liberdade individual, clareza de comunicação e manutenção da confiança pública nos programas de imunização.

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