Brasil avança no combate à manipulação esportiva com adesão à Convenção de Macolin

Foto: Reprodução.
País busca cooperação internacional com 50 nações para investigar fraudes em resultados e reforçar integridade das competições
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

O governo brasileiro deu um passo importante no combate à manipulação de resultados no esporte ao formalizar, nesta semana, o pedido de adesão à Convenção de Macolin. O tratado internacional reúne cerca de 50 países e tem como objetivo enfrentar fraudes em competições esportivas.

O documento foi enviado pela Embaixada do Brasil em Paris ao Conselho da Europa, responsável por coordenar o acordo, e a expectativa é de que a adesão seja concluída em breve.

Criada em 2019, a Convenção de Macolin é o único instrumento global voltado à prevenção e punição da manipulação esportiva. Ela permite a troca de informações entre autoridades, emissão de alertas internacionais e apoio a investigações de quadrilhas que atuam nesse mercado ilegal.

No Brasil, o processo foi conduzido pelos ministérios do Esporte, da Fazenda, da Justiça e pelo Itamaraty. Para o ministro do Esporte, André Fufuca, a iniciativa reforça o compromisso do governo em proteger atletas e torcedores.

“O compromisso do governo Lula é assegurar que os brasileiros confiem no sistema de fiscalização das apostas esportivas. Não permitiremos que o ambiente das apostas seja dominado por operadores ilegais. Trabalhamos para combater a manipulação de resultados e garantir a integridade das competições”, afirmou.

O país tem sido foco de atenção internacional devido a casos recentes de manipulação. Segundo relatório da empresa Sportradar, especializada em monitoramento esportivo, o Brasil liderou o ranking global de alertas em 2022, com 139 casos, e em 2023, com 110. Em 2024, o número caiu para 57, mas ainda mantém o país entre os mais afetados.

Para Giovanni Rocco, secretário nacional de apostas esportivas e desenvolvimento econômico do Esporte, a adesão à Convenção de Macolin é estratégica.

“A manipulação de resultados é um crime transnacional. A integração com a Europa permitirá medidas mais eficazes, com compartilhamento de dados e ações conjuntas contra esse tipo de crime”, explicou.

Nos últimos anos, esquemas brasileiros chegaram a influenciar resultados de partidas até em ligas da Finlândia, como mostraram investigações publicadas em veículos especializados em esportes.

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