
SUS garante acesso gratuito a 48 imunobiológicos e consolida o país como referência em saúde pública
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi criado em 1973, dezessete anos antes do nascimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 1990, quando o SUS foi instituído, o calendário do PNI já incluía duas vacinas: contra o sarampo e contra a poliomielite. Após 35 anos, o PNI é considerado o maior programa público de vacinação da América Latina. Hoje, oferta 48 imunobiológicos, sendo 31 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas.
Ao longo dos anos, as ações do PNI contribuíram para marcos como a erradicação da poliomielite, em 1994, até resultados mais recentes, como a recertificação de país livre de sarampo pela OPAS. Além disso, o Brasil foi pioneiro na oferta de vacina contra a dengue. A vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável por 80% dos casos de bronquiolite e 60% de pneumonias em crianças menores de 2 anos, também chegará ao SUS até o final de 2025.
Vidas transformadas pelo Brasil Saudável
O Programa Brasil Saudável, uma iniciativa do governo federal para enfrentar problemas sociais e ambientais que afetam a saúde de pessoas em maior vulnerabilidade social, garantiu a eliminação da filariose linfática no Brasil em 2024.
Edson José (60), morador de Jaboatão dos Guararapes (PE), última cidade a registrar casos da filariose linfática no país, convive há 13 anos com as sequelas da doença, como a elefantíase na perna direita.
“É graças ao programa Brasil Saudável e ao SUS, que hoje posso fazer o tratamento com dignidade. É muito bom saber que essa doença foi eliminada no país”.
Neste ano, a pasta também solicitou à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) o certificado pela eliminação da transmissão vertical do HIV, resultado de anos de investimento em testagem, tratamento antirretroviral e acompanhamento contínuo de gestantes e bebês. Essa conquista colocará o país entre os poucos no mundo a alcançar esse feito, reforçando o papel do SUS como referência internacional em políticas de saúde pública.
SUS presente em todos os lugares
Garantir que a água que chega às torneiras dos brasileiros seja limpa e própria para consumo também é uma das missões do SUS. O Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) reúne ações contínuas das autoridades de saúde em todas as esferas de governo, com um objetivo claro: assegurar água em quantidade suficiente e com qualidade nos padrões de potabilidade definidos pela legislação.
Para planejar políticas públicas e criar programas que ajudem a reduzir o impacto das doenças crônicas não transmissíveis como diabetes e hipertensão, é importante conhecer a população. Pensando nisso, o Ministério da Saúde implantou, em 2006, o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, mais conhecido como Vigitel.
Realizado nas capitais dos 26 estados e no Distrito Federal, o Vigitel coleta, todos os anos, informações por meio de entrevistas telefônicas. Com os dados, é possível acompanhar a evolução de hábitos, riscos e fatores de proteção da população, orientando estratégias de prevenção e cuidado.
Pela primeira vez, após 18 edições, o Vigitel vai ser expandido para além das capitais brasileiras. Essa ampliação representa um avanço importante na vigilância em saúde, alinhado ao compromisso do SUS com a equidade e a integralidade do cuidado.
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