
Washington restringe comitiva de Lula, critica condenação de Bolsonaro e amplia pressão diplomática sobre o governo brasileiro
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Nos Estados Unidos, aliados próximos do ex-presidente Donald Trump afirmaram que o governo americano não deve recuar em sua política de sanções contra autoridades brasileiras. A avaliação é de que mesmo a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro cumprir pena em regime fechado não impedirá novas medidas. O discurso comparou a postura do governo brasileiro a estratégias de “tomada de reféns”, sustentando que os EUA não costumam negociar em situações dessa natureza.
Restrições à delegação de Lula
O governo americano também impôs restrições na emissão de vistos para integrantes da comitiva que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York. Enquanto o chefe do Executivo teve sua entrada assegurada, parte da equipe segue aguardando liberação, o que gerou desconforto diplomático.
Críticas ao Supremo Tribunal Federal
A escalada da crise ganhou força com as críticas do secretário de Estado americano, Marco Rubio, à recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para ele, a decisão do Supremo Tribunal Federal representaria uma ruptura no Estado de Direito e teria sido motivada por razões políticas. Rubio deixou claro que Washington avalia novas respostas diplomáticas diante do cenário.
Decisão judicial no Brasil
Paralelamente, no campo interno, o ministro Alexandre de Moraes autorizou que Débora Rodrigues, conhecida como “Débora do Batom”, cumpra sua pena em regime domiciliar. Condenada a 14 anos de prisão por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, ela terá de usar tornozeleira eletrônica e seguirá com restrições de deslocamento e comunicação. A decisão levou em conta fatores de saúde e o período já cumprido em regime fechado.
Efeitos políticos e diplomáticos
Os episódios recentes reforçam o ambiente de instabilidade nas relações entre Brasil e Estados Unidos. De um lado, a Casa Branca sinaliza que não pretende recuar na aplicação de sanções. De outro, o governo brasileiro busca articular uma resposta internacional às medidas que considera abusivas.
Especialistas avaliam que esse conjunto de acontecimentos poderá marcar um divisor de águas nas relações bilaterais, ao mesmo tempo em que pressiona o governo brasileiro a administrar os impactos diplomáticos externos sem perder de vista as disputas políticas internas.
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