Privação de sono compromete sistema imunológico, afeta hormônios e reduz produtividade; impactos vão de falhas de memória a maior risco de infarto
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Dormir pouco não é apenas sinônimo de cansaço. A falta de sono adequado tem efeitos diretos na saúde física e mental, comprometendo o sistema imunológico, alterando hormônios e elevando o risco de doenças cardiovasculares e distúrbios emocionais, segundo especialistas em medicina do sono.
A psicóloga Sue Peacock e a médica do sono Katharina Lederle explicam que o sistema imunológico é o primeiro a ser afetado. Durante o sono, o corpo produz citocinas — proteínas que combatem infecções e ajudam a manter um descanso profundo. Quando a pessoa dorme menos de seis horas, essa resposta imunológica fica comprometida, aumentando a vulnerabilidade a doenças e retardando a recuperação.
O impacto psicológico também é expressivo: a privação de sono intensifica a ansiedade, mantendo o cérebro em estado de alerta — o chamado modo “luta ou fuga”. Esse processo dificulta o relaxamento e cria um ciclo vicioso de insônia.
Entre as mulheres, a falta de sono pode causar alterações hormonais relacionadas à tiroide, provocando irregularidades menstruais, ausência de ovulação e até interrupção do ciclo. Esse desequilíbrio também favorece o ganho de peso, já que a privação aumenta o apetite e estimula a compulsão alimentar.
Os prejuízos se estendem ao desempenho profissional. Pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que trabalhadores que dormem cerca de cinco horas por noite perdem, em média, 2,22 dias de trabalho por ano — quase o dobro dos que dormem oito horas.
A longo prazo, os riscos se acumulam. Estudos apontam relação entre o déficit de sono e doenças como hipertensão, infarto, diabetes e Alzheimer, além de falhas de memória, dificuldade de concentração e decisões mais impulsivas.
LEIA TAMBÉM:
https://gnewsusa.com/2025/09/lula-prepara-roteiro-minucioso-para-reuniao-com-trump/
https://gnewsusa.com/2025/09/pf-prende-suspeitos-por-vazamento-de-informacoes-sobre-garimpo-ilegal/
Faça um comentário