Eduardo Bolsonaro se coloca como opção à presidência caso pai não dispute 2026

Deputado reafirma força do movimento Bolsonaro e critica pressões do sistema judicial e político

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta terça-feira que pretende concorrer à presidência da República em 2026, caso seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não consiga disputar as eleições devido à inelegibilidade.

“Irei, na impossibilidade de Jair Bolsonaro, candidato a presidente da República. Por isso que o sistema corre e se apressa para tentar me condenar em algum colegiado, que seja na Primeira Turma do STF, para tentar me deixar inelegível”, declarou Eduardo.

O deputado se referiu à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta suposta atuação dele durante o processo sobre golpe de Estado. Segundo Eduardo, trata-se de uma tentativa do sistema de barrar a candidatura do movimento Bolsonaro, enquanto ele tem 14 dias para apresentar sua resposta.

No mesmo dia, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), bloqueou a indicação de Eduardo para a liderança da minoria, medida que pode afetar seu mandato. Eduardo está nos Estados Unidos desde fevereiro, acumulando faltas no Congresso, embora a ausência seja, na avaliação de muitos, consequência de compromissos políticos e estratégicos. Motta reforçou que a presença física no plenário é obrigatória, mas a decisão gerou críticas de apoiadores que veem o bloqueio como retaliação política.

Durante a declaração, Eduardo enfatizou que o movimento liderado por Jair Bolsonaro é perene e que as eleições apenas conferem maior poder formal para atuar em prol da população:

“A eleição só me coloca num cargo com um pouco mais de poder, com o poder da caneta para fazer algumas coisas que os cidadãos não podem, como articular projetos de lei, propor projetos de lei, fazer destinações orçamentárias. Fora isso, todos nós somos iguais”, disse.

Enquanto isso, Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde agosto, após descumprir medidas cautelares anteriores. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a prisão também se deu por conduta ilícita dissimulada, envolvendo materiais preparados para divulgação durante manifestações em 3 de agosto e nas redes sociais. Entre os registros de conduta “delitiva” está uma chamada de vídeo com o deputado Nikolas Ferreira.

A defesa de Bolsonaro protocolou pedido para revisão das medidas cautelares, buscando reduzir restrições que, segundo aliados, tem caráter político e prejudica a atuação do ex-presidente.

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