
Medidas podem atingir ministros do STF e exportações brasileiras, sinalizam tensão diplomática crescente
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta segunda-feira (15) que novas ações contra o Brasil poderão ser anunciadas em resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Segundo ele, o julgamento faz parte de uma campanha crescente de pressão judicial, que estaria atingindo inclusive empresas americanas e cidadãos que atuam fora dos EUA.
Rubio ressaltou que o Estado de Direito no Brasil está fragilizado, citando a atuação de juízes ativistas que, segundo ele, estariam perseguindo Bolsonaro e estendendo efeitos de suas decisões a cidadãos americanos.
Desde julho, o governo Trump vem implementando medidas para pressionar a Justiça brasileira a desistir do processo contra o ex-presidente. Entre elas, uma tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros entrou em vigor em 6 de agosto, atingindo itens importantes da pauta de exportação, como carne e café, enquanto produtos como suco de laranja, petróleo e minérios foram isentos.
Além das tarifas, foi aberta uma investigação baseada na Seção 301 para avaliar supostas práticas comerciais desleais do Brasil, que poderá resultar em punições adicionais. Paralelamente, sanções foram aplicadas a ministros do STF, incluindo Alexandre de Moraes, impedindo que realizem negócios com empresas americanas e suspendendo vistos de outros magistrados da Corte.
A condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão intensificou o clima de tensão. O governo americano ainda não detalhou quais serão os próximos passos, mas medidas possíveis incluem novas sanções a ministros do STF e aumento de tarifas sobre produtos brasileiros.
Especialistas em relações internacionais afirmam que as ações dos EUA representam um momento delicado nas relações bilaterais, com implicações políticas e econômicas para o Brasil.
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