Grécia aprova lei que prevê prisão e multas para quem tiver pedido de asilo negado, mas continuar no país

O projeto foi apresentado pelo primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, após mais de 2 mil imigrantes desembarcarem na ilha de Creta na primeira semana de julho

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

Em mais uma demonstração de que os países europeus estão reforçando o controle do fluxo migratório, o Parlamento da Grécia aprovou nesta quarta-feira (3) uma lei que impõe prisão e multas pesadas para quem tiver o pedido de asilo negado, mas decidir permanecer no país de forma ilegal.

Proposta pelo primeiro-ministro conservador Kyriakos Mitsotakis, a lei prevê penalidades mais severas para imigrantes indocumentados. Os que tiverem o pedido de asilo rejeitado devem deixar a Grécia em até 14 dias ou podem ser presos por um prazo de 2 a 5 anos, além de multas. Eles ainda passarão por processo de deportação.

Mitsotakis anunciou o endurecimento das penalidades no verão, após um aumento da chegada de imigrantes a Creta oriundos da Líbia. Na primeira semana de julho, mais de 2 mil pessoas desembarcaram na ilha. As chegadas de imigrantes a Creta no primeiro semestre de 2025 triplicaram em relação ao mesmo período do ano passado.

Diante dessa situação, o primeiro-ministro suspendeu em agosto os pedidos de asilo por três meses, com um recado de que “a passagem para a Grécia estava fechada”. Desde então os desembarques de imigrantes na ilha caíram consideravelmente, somando menos de 500 pessoas nos primeiros 27 dias de agosto. Mesmo assim, legisladores da Grécia apelaram por regras mais rígidas para impedir que o fluxo migratório volte a subir.

Imigrantes ilegais não são bem-vindos

Após o Parlamento aprovar o projeto de Mitsotakis, o ministro da Migração, Thanos Pleveris, direcionou uma dura mensagem aos imigrantes ilegais. “O Estado grego não os aceita. Vocês só têm uma opção: voltar. Vocês não são bem-vindos”, declarou, após ter dito no dia anterior que algumas pessoas acham que a “Europa lhes deve alguma coisa”.

“Precisamos dar ênfase aos retornos voluntários, mas haverá consequências para aqueles que não optarem por retornar aos seus países”, avisou o ministro.

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