Justiça dos Estados Unidos determina deportação de ativista pró-Palestina

A juíza Jamee Commans afirma que o estudante Mahmoud Khalil omitiu intencionalmente informações em seu pedido de residência permanente

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

Através de uma decisão da juíza Jamee Comans, a Justiça dos Estados Unidos determinou nesta quinta-feira (18) a deportação do ativista pró-Palestina Mahmoud Khalil para a Argélia ou Síria, devido a acusações de que ele teria omitido informações em seu pedido residência permanente no país (Green Card).

De acordo com Commans, o estudante da Universidade Columbia de 30 anos “deturpou intencionalmente fatos materiais com o único propósito de contornar o processo de imigração e reduzir a probabilidade de seu pedido ser negado”.

Portador de Green Card, Mahmoud Khalil mora legalmente nos EUA e é casado com uma cidadã norte-americana. Ele ficou conhecido por participar de protestos na Universidade Columbia contra a guerra na Faixa de Gaza, sendo acusado pelo presidente Donald Trump de representar uma ameaça para a segurança nacional.

A mesma juíza ordenou a deportação de Khalil em abril, afirmando que ele atuava contra os interesses dos Estados Unidos, mas a defesa recorreu. Agora os advogados dizem que pretendem apelar novamente, mas ressaltam que ordens separadas de um tribunal federal impedem o governo federal de deportá-lo, enquanto o processo não tiver uma decisão final.

Prisão

Autoridades da imigração mantiveram Khalil preso por mais de 100 dias no primeiro semestre deste ano. Ele foi solto em 20 de junho por ordem do juiz distrital de Nova Jersey, Michael Farbiarz. O magistrado justificou a decisão afirmando que é inconstitucional punir alguém por uma questão de imigração civil.

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