Lei da Anistia e Dilma Rousseff: os crimes da esquerda armada e as polêmicas que ainda dividem o Brasil

Norma de 1979 beneficiou tanto militares acusados de tortura quanto militantes de esquerda envolvidos em assaltos, atentados e sequestros; entre eles, Dilma Rousseff e integrantes do grupo ao qual pertencia
Por  Redação | GNEWSUSA

A Lei da Anistia, sancionada em 1979 pelo presidente João Figueiredo, perdoou crimes políticos cometidos entre 1961 e 1979. A medida beneficiou tanto militares acusados de tortura e perseguições quanto militantes de esquerda envolvidos em crimes como assaltos, atentados e sequestros. Entre esses militantes estava Dilma Rousseff e integrantes do grupo ao qual pertencia, que anos depois chegaria à Presidência da República. Até hoje, as indenizações pagas a ex-presos políticos e familiares de desaparecidos continuam a gerar controvérsias.

A Lei da Anistia

Criada em 28 de agosto de 1979 (Lei nº 6.683).

Permitiu o retorno de exilados, libertação de presos políticos e reintegração de servidores.

Perdoou tanto os militantes da esquerda armada quanto os militares acusados de crimes de repressão.

Até hoje, gera debate em razão das indenizações pagas a ex-presos políticos e familiares.

Foto: Arquivo Juiz de Fora. Dilma e outros militantes em interrogatório em Juiz de Fora, em 1972.

A esquerda armada e os crimes cometidos

Durante a ditadura, grupos como ALN, VAR-Palmares, MR-8 e VPR recorreram à luta armada contra o regime militar.
Entre os crimes registrados em relatórios e processos:

  • Assaltos a bancos (“expropriações”), usados para financiar operações
  • Sequestros de diplomatas estrangeiros, como o do embaixador norte-americano Charles Elbrick em 1969.
  • Atentados e ataques armados contra quartéis, militares e patrulhas.
  • Mortes de civis e militares em confrontos.

Dilma Rousseff e integrantes do grupo ao qual pertencia

Organizações: Dilma militou na Polop, no COLINA e na VAR-Palmares.

Atividades: participou do planejamento de assaltos e sequestros, mas não há registros de participação direta em execuções.

Prisão: foi presa em 1970 pelo DOI-CODI, permanecendo quase três anos encarcerada e sendo torturada durante os interrogatórios, segundo relatórios da Comissão Nacional da Verdade.

Integrantes do grupo:

  • Carlos Lamarca – ex-capitão do Exército, tornou-se líder da guerrilha.
  • Carlos Araújo – advogado e companheiro de Dilma por muitos anos.
  • Vladimir Palmeira – liderança estudantil que aderiu à luta contra o regime.
  • Carlos Minc – atuou na VAR-Palmares, depois seguiu carreira política.

Indenizações e polêmicas

Muitos militantes da luta armada foram indenizados como perseguidos políticos após a redemocratização.

Defensores dizem que as reparações compensam prisões ilegais, torturas e mortes cometidas pelo Estado.

Críticos afirmam que os beneficiados também cometeram crimes violentos e não deveriam receber recursos públicos.

A Lei da Anistia foi um marco na redemocratização, mas é também lembrada como símbolo de impunidade para crimes graves de ambos os lados. O caso de Dilma Rousseff e integrantes do grupo ao qual pertencia exemplifica essa dualidade: de militantes envolvidos na luta armada contra o regime, passaram a integrar a vida política do país, com parte deles chegando a ocupar cargos de grande relevância nacional.

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