
Média da Selic nos três mandatos de Lula ultrapassa patamares de outros governos; primeiro mandato ainda mantém marca histórica
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
Levantamento recente com dados do Banco Central indica que os governos de Luiz Inácio Lula da Silva ocupam três das cinco maiores médias da taxa básica de juros (Selic) do século XXI no Brasil. O recorde permanece com o primeiro mandato de Lula (2003-2006), quando a Selic teve média de 18,7% ao ano — valor que supera o patamar médio atual, que é cerca de 12,5%.
Ranking dos juros por governo no século XXI
Os três mandatos de Lula estão entre os que apresentam as maiores médias históricas da Selic desde 2000. Comparativamente, após Lula 1, aparecem os governos Dilma Rousseff, Michel Temer, seguidores de Lula em mandatos posteriores, e Jair Bolsonaro ocupa posição com média significativamente mais baixa.
Juros reais também em níveis elevados
Além da taxa nominal, análises de mercado apontam que os juros reais no governo atual ― ou seja, a Selic descontada a inflação ― estão entre os maiores já registrados. O período entre janeiro de 2023 e junho de 2025 mostra juros reais médios próximos a 7,6% ao ano, índice que acende alertas entre economistas sobre os custos de crédito, investimentos e crescimento econômico.
Fatores que contribuem para os juros altos
Economistas apontam que as políticas fiscais expansionistas no Brasil, com gastos públicos elevados, programas sociais e estímulos, pressionam a inflação e reduzem a margem para cortes da taxa básica.
Implicações para a economia
Taxas elevadas de juros aumentam o custo do crédito para famílias e empresas, freiam investimentos e podem desacelerar o crescimento econômico. Especialistas destacam que, para permitir uma redução sustentável dos juros, é necessário manter responsabilidade fiscal, controlar a inflação e recuperar credibilidade nas expectativas do mercado.
- Leia mais:
Faça um comentário