Michelle Bolsonaro chora na Paulista, pede impeachment de Moraes e garante que Bolsonaro não vai desistir

Foto: Nelson Almeida/AFP.
Ex-primeira-dama participa de ato em defesa de Jair Bolsonaro, critica STF e pede anistia para presos do 8 de janeiro
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro emocionou-se neste domingo (7) durante discurso na avenida Paulista, reafirmando seu apoio ao marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e defendendo sua inocência diante das restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Nunca pensei que seria tão difícil estar aqui hoje com vocês. Mas creio e tenho certeza de que a gente vai passar por isso e a Justiça do senhor vai reinar sobre a nossa nação”, disse Michelle às lágrimas, durante manifestação que pede o impeachment do ministro Alexandre de Moraes e a anistia para os presos injustamente condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Em discurso carregado de referências religiosas, Michelle criticou a vigilância constante e as revistas policiais no condomínio do ex-presidente em Brasília, afirmando que tais medidas representam humilhação injusta.

“É muita humilhação que nós estamos vivendo. Mas faz parte do processo. Nós vamos sair mais fortes. Não vamos desistir”, declarou. Michelle destacou seu papel como “mãe, esposa e presidente do PL Mulher” e agradeceu aos apoiadores nas ruas. “Se temos esse exército de homens e mulheres de bem defendendo a verdadeira democracia, é porque Deus levantou essa nação”, afirmou.

O ato ocorre em meio às discussões sobre as eleições de 2026, quando a direita ainda define o candidato que concorrerá contra o presidente Lula (PT). Entre as possibilidades, Michelle surge como possível vice ou até candidata, representando Bolsonaro, dada sua popularidade, carisma e presença no PL Mulher.

Mais cedo, organizadores em Brasília e no Rio reproduziram áudios enviados por Michelle, nos quais ela denuncia perseguição política e prisões arbitrárias após os atos de 8 de janeiro.

“Ministros, vocês prometeram cumprir as leis e defender a nossa constituição. Ela está sendo rasgada diariamente. Injustiças são cometidas por alguns poucos do vosso meio que se dizem juízes, mas agem como tiranos”, afirmou.

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde agosto e acompanha as manifestações à distância. Ele é alvo de julgamento no STF por suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022, mas aliados e apoiadores afirmam que as acusações são politicamente motivadas.

Paralelamente, líderes da direita articulam uma proposta de anistia para os condenados pelo 8 de janeiro, defendendo a liberdade e os direitos de quem, segundo eles, foi injustamente punido.

Leia também:

Milhares de bolsonaristas ocupam a Paulista e exigem anistia para Bolsonaro e aliados

Copacabana vira palco de ato pró-Bolsonaro e pedido de anistia no 7 de Setembro

7 de Setembro: Patriotas voltam às ruas em defesa da liberdade e contra abusos do STF

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*