
País africano registra 28 casos suspeitos e 15 mortes; agência da ONU mobiliza equipes, suprimentos e doses de imunização para conter avanço da doença na província de Kassai
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
A Organização Mundial da Saúde (OMS) intensificou sua atuação na República Democrática do Congo (RDC) após a confirmação de um novo surto de ebola na província de Kassai, no centro do país. Até quinta-feira (4), autoridades locais notificaram 28 casos suspeitos e 15 mortes, entre elas quatro profissionais de saúde que atuavam na linha de frente.
Resposta imediata da OMS
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, afirmou nesta sexta-feira (5), em Genebra, que equipes técnicas já estão em Kassai e que mais especialistas estão sendo enviados. Segundo ele, a prioridade é rastrear contatos, identificar novos casos e interromper a cadeia de transmissão o mais rápido possível.
Além do envio de profissionais, a agência forneceu equipamentos de proteção individual, suprimentos médicos e um laboratório móvel para reforçar a capacidade de diagnóstico. Duas mil doses da vacina contra o ebola foram preparadas em Kinshasa, capital do país, e já estão disponíveis para imunizar contatos diretos e profissionais de saúde expostos.
Apoio técnico e suprimentos
De acordo com comunicado oficial, a OMS deve enviar também duas toneladas de materiais médicos e laboratoriais à região afetada. A equipe internacional oferece apoio em áreas como vigilância epidemiológica, prevenção e controle de infecções, tratamento, comunicação de risco e engajamento comunitário.
O Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica de Kinshasa confirmou, a partir de análises laboratoriais, que o surto atual é causado pelo vírus ebola Zaire, a mesma cepa que esteve por trás de epidemias anteriores no país.
Histórico e riscos
A RDC já enfrentou 15 surtos de ebola desde 1976, sendo o último em abril de 2022, na província de Equateur, que durou pouco mais de um mês. Apesar da experiência adquirida, o risco de disseminação permanece elevado devido à letalidade do vírus, que pode chegar a 90% em determinados contextos.
O ebola tem como hospedeiro natural os morcegos frugívoros e já provocou milhares de mortes em países africanos nas últimas décadas. Desde sua descoberta, mais de 15 mil pessoas perderam a vida em decorrência da doença.
Determinação para conter o avanço
O diretor regional da OMS para a África, Mohamed Janabi, destacou a parceria com o governo congolês e afirmou que a agência está determinada a conter rapidamente a propagação do vírus. “Estamos trabalhando lado a lado com as autoridades nacionais para ampliar as medidas de resposta e proteger as comunidades”, afirmou.
Com a chegada de equipes adicionais e o reforço da vacinação, a expectativa é reduzir a transmissão e evitar que a epidemia se espalhe para outras regiões do país e da África Central.
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