Presidente do Chile rejeita regularização de imigrantes para suprir falta de mão de obra na agricultura

O presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Antonio Walker, defende a regularização dos imigrantes para que atuem no campo

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

Uma proposta da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) do Chile de regularizar trabalhadores imigrantes para suprir a mão de obra no campo, foi rejeitada pelo presidente do país, Gabriel Boric, nessa quinta-feira (25). Ele afirmou que o Chile “não está em condições de receber mais imigração irregular”.

Idealizador da sugestão, o presidente da SNA, Antonio Walker, defendeu em entrevista à imprensa local a formalização de imigrantes já presentes no país para atender à demanda do setor agrícola, que gera cerca de 1 milhão de empregos diretos no Chile.

O representante dos agricultores disse que a ação é necessária. “Não temos força de trabalho nacional suficiente para todas as tarefas que a agricultura demanda. Esse é um fenômeno global, precisamos dos imigrantes”, justificou.

Boric foi questionado sobre a proposta e reconheceu a necessidade de diálogo, mas não endossou a ideia neste momento, mesmo elogiando a atuação de Walker, ex-ministro da Agricultura no governo Sebastián Piñera.

“O trabalho tem que ser digno, com respeito aos direitos humanos e laborais. O que temos dito é que, em termos gerais, o Chile não está em condições de receber mais migrantes, especialmente irregulares”, declarou o presidente.

Boric ainda destacou que assumiu o governo com um total descontrole nas fronteiras e que uma de suas prioridades tem sido restabelecer a ordem. Apesar de não fechar as portas para futuras discussões sobre a imigração, disse que “por agora não está nos planos do governo inovar nessa matéria”.

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