Queda de estrogênio na menopausa eleva risco de doenças graves no fígado, alerta estudo

Especialistas destacam que a menopausa é um marco metabólico e que o fígado é um dos órgãos mais afetados, tornando exames e acompanhamento indispensáveis

 

Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

A menopausa não afeta apenas o sistema reprodutivo: ela representa uma verdadeira virada de chave metabólica para a saúde feminina, com o fígado entre os órgãos mais impactados pela queda do estrogênio. Estudo publicado em junho, mostrou que a perda desse hormônio pode desencadear acúmulo de gordura abdominal, resistência à insulina, inflamação crônica e aumento do colesterol ruim, fatores que elevam o risco de esteatose hepática e suas formas graves, como fibrose e cirrose.

Segundo a hepatologista Patrícia Almeida, doutora pela USP, o estradiol funciona como um “escudo protetor” do fígado durante a fase fértil, controlando o metabolismo da gordura e reduzindo inflamações. No entanto, esse equilíbrio começa a se perder até sete anos antes da última menstruação, na chamada perimenopausa.

O estudo destaca ainda que, após os 50 anos, a prevalência da doença hepática associada à disfunção metabólica (MASLD) cresce de forma expressiva, sendo hoje a principal causa de transplante de fígado em mulheres nos Estados Unidos.

A especialista reforça que a prevenção é essencial e deve ser iniciada antes e durante a transição para a menopausa: consultas regulares, exames de imagem e acompanhamento hormonal são estratégias fundamentais para evitar complicações. “Mesmo mulheres magras podem desenvolver gordura ou inflamação no fígado se não houver monitoramento”, alerta.

Além do impacto hepático, o estudo aponta que a queda do estrogênio altera a microbiota intestinal, favorece o acúmulo de gordura visceral e contribui para a perda de massa muscular, fatores que agravam a sobrecarga do fígado.

 

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