
Governo trabalhista de Keir Starmer endurece postura diante do recorde de travessias ilegais pelo Canal da Mancha
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
O governo do Reino Unido, sob a liderança do primeiro-ministro trabalhista Keir Starmer, anunciou que poderá cortar a concessão de vistos a países que se negarem a repatriar imigrantes ilegais deportados.
A medida foi confirmada nesta segunda-feira (8) pela nova secretária do Interior, Shabana Mahmood, após reunião em Londres com os aliados da aliança de inteligência Five Eyes — Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
“Para países que não colaboram, isso pode significar corte de vistos no futuro. Esperamos que joguem conforme as regras: se um cidadão seu não tem direito de estar em nosso país, precisa ser levado de volta”, declarou Mahmood.
A decisão surge em meio a pressão crescente sobre a imigração, já que mais de 30 mil pessoas chegaram ao Reino Unido em pequenas embarcações pelo Canal da Mancha em 2025 — um número recorde para este período do ano.
Mahmood reforçou que o controle das fronteiras será prioridade:
“Tenho uma prioridade neste cargo, e ela é proteger as fronteiras. Farei o que for necessário. Não sou do tipo que fica esperando”, afirmou.
O encontro também contou com a participação da secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, aliada próxima de Donald Trump e defensora de uma linha dura contra a imigração. Segundo ela, os países do grupo concordaram em compartilhar informações sobre o histórico criminal de migrantes e intensificar a cooperação contra cartéis que usam redes sociais e tecnologia para promover travessias ilegais.
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