Rússia recruta ao menos 20 mil cubanos para lutar na guerra contra a Ucrânia

Promessas de salários de US$ 2 mil mensais atraem combatentes; tempo médio de sobrevivência é de 5 meses
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

A Rússia tem intensificado o uso de combatentes estrangeiros para reforçar suas linhas de frente na guerra contra a Ucrânia, que se aproxima do quarto ano de duração. Segundo a inteligência militar ucraniana, ao menos 20 mil cidadãos cubanos já assinaram contratos com o Exército russo, incentivados por promessas de salários de cerca de US$ 2 mil mensais.

Em sessão de segurança nacional no Congresso dos Estados Unidos, o porta-voz da HUR, Andriy Yusov, afirmou que Cuba lidera hoje a lista de países que mais enviam combatentes para Moscou. A média de idade dos recrutados é de 35 anos — uma faixa etária que, segundo Yusov, deveria estar dedicada à formação de famílias e ao trabalho, mas é desviada para o front.

Documentos apresentados por parlamentares ucranianos mostram que ao menos 1.038 cubanos tiveram suas identidades confirmadas em contratos assinados entre junho de 2023 e fevereiro de 2024. Parte deles já foi morta ou capturada, e cerca de 250 permaneceram na linha de frente mesmo após o fim dos contratos.

De acordo com a HUR, o tempo médio de sobrevivência dos estrangeiros recrutados pela Rússia é de 140 a 150 dias. Para o Kremlin, esse modelo é vantajoso, já que a morte de combatentes estrangeiros elimina custos com benefícios sociais e reduz a pressão interna por baixas.

 

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