
Aliados comentam possíveis efeitos e repercussões da estratégia do governador
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), buscou nesta semana apoio de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e líderes do Congresso para viabilizar uma anistia que incluiria os condenados pelo ataque de 8 de janeiro de 2023 e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente em julgamento na Corte. A iniciativa ocorre em meio a reuniões políticas e consultas jurídicas, com o objetivo de avaliar a viabilidade da proposta e mapear o apoio necessário para sua aprovação.
Em Brasília, Tarcísio se encontrou com os presidentes da Câmara e do Senado e líderes do PP, União Brasil e PSD, buscando entender como pautar o projeto de anistia. Segundo interlocutores, o governador também manteve contatos com ministros do STF para sondar a receptividade da Corte a uma possível aprovação.
Aliados destacam que a anistia precisa contemplar o ex-presidente, mas pode excluir militares, devido à dificuldade de aprovação no Congresso ou à avaliação de constitucionalidade pelo STF.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que o projeto ganhou força entre líderes partidários e pode ser pautado após o julgamento de Bolsonaro. Paralelamente, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) prepara um texto alternativo para tramitação no Senado, contrariando a proposta da Câmara.
Nos bastidores, aliados apontam que a movimentação do governador pode ser vista ora como corajosa, ora como alinhada ao bolsonarismo. O deputado estadual Tenente Coimbra (PL-SP) ressaltou que Tarcísio mantém o princípio do apaziguamento. Já o vereador Adrilles Jorge (PL) afirmou que a ação do governador chegou tardiamente, sugerindo que a estratégia política poderia ter começado antes.
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