
Alta de 2,1% deixa País mais distante da meta da ONU de erradicação até 2025
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O Brasil registrou em 2024 um total de 1,65 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil, segundo dados da Pnad Contínua divulgados na última sexta-feira (19) pelo IBGE. O número representa uma alta de 2,1% em relação a 2023, com 34 mil novos casos, e afasta o País da meta da ONU de erradicar o trabalho infantil até 2025.
No total, 1,957 milhão de jovens realizaram alguma atividade econômica ou de autoconsumo no ano passado, e 560 mil estavam em condições consideradas de risco à saúde e integridade física. O aumento mais expressivo ocorreu em atividades de produção para o próprio consumo, e não em empregos formais, explicou Gustavo Geaquinto Fontes, analista da pesquisa. Ele destacou que, apesar da alta, o trabalho infantil perigoso apresentou redução no período.
O levantamento considera como trabalho infantil toda forma de ocupação até os 13 anos de idade e, para adolescentes de 14 a 17 anos, atividades sem vínculo de aprendiz ou em condições proibidas, como jornadas exaustivas, trabalho noturno ou em ambiente insalubre.
Regionalmente, o Nordeste concentrou o maior número de casos, com 547 mil crianças em trabalho infantil — 37 mil a mais que em 2023. Em seguida vêm o Sudeste (475 mil), Norte (248 mil), Sul (226 mil) e Centro-Oeste (153 mil). A proporção nacional passou de 4,2% para 4,3%, com a região Norte registrando o maior índice (6,2%) e o Sudeste, o menor (3,3%).
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