
Medida fortalece autonomia do partido e expõe fragilidade da base do presidente
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Em uma decisão de grande impacto político, o União Brasil determinou nesta quinta-feira (18/09/2025) que todos os seus filiados que ocupam cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem se desligar de suas funções em até 24 horas. A resolução estabelece que os integrantes que não cumprirem a ordem podem enfrentar processos internos de expulsão do partido.
Alcance da decisão
A medida se aplica a cargos do alto escalão, como ministérios, e também a posições em autarquias, fundações públicas, empresas estatais e sociedades de economia mista. Entre os principais afetados está Celso Sabino (União Brasil-PA), atual ministro do Turismo, que deverá deixar a Esplanada dos Ministérios.
Outras indicações do partido, embora não detalhadas, também devem ser exoneradas, reforçando a determinação do União Brasil de retirar seus filiados de todas as estruturas do governo federal.
Fundamentação da medida
O documento interno do partido, assinado pelo presidente Antonio de Rueda, afirma que a decisão foi tomada “considerando a necessidade de preservar a independência partidária e a coerência política do União Brasil”. A resolução instrui que todos os filiados solicitem imediata exoneração de cargos públicos de livre nomeação e funções de confiança.
O partido justifica que a medida é essencial para resguardar sua autonomia política e evitar que membros sejam vistos como subordinados ao governo, mantendo o União Brasil como uma legenda independente e estrategicamente alinhada a seus interesses eleitorais e legislativos.
Impacto político
A decisão marca um distanciamento formal do União Brasil em relação ao governo Lula, o que pode gerar efeitos diretos na articulação política da Esplanada. A saída de filiados deve afetar a presença do partido em ministérios e órgãos federais, e reforça a percepção de que a legenda busca equilíbrio entre participação política e autonomia partidária.
Entre outros nomes citados no contexto de indicações políticas, estão Frederico Siqueira, ministro das Comunicações, e Waldez Góes, ministro do Desenvolvimento Regional, embora eles tenham vínculos partidários diferentes, mostrando a complexidade das nomeações.
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