
Ministro deixa o Turismo após decisão da legenda e confirma enfraquecimento da base aliada do presidente
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Nesta sexta-feira (26), o ministro do Turismo, Celso Sabino, formalizou sua saída do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atendendo a uma determinação do União Brasil. Sabino era o último integrante da sigla a ocupar cargo de primeiro escalão, marcando o desembarque do partido da base governista.
A decisão do União Brasil ocorre em meio a pressões internas e investigações que atingem lideranças do partido, incluindo suspeitas de envolvimento com esquemas ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC, conforme apuração da Polícia Federal). A resolução, assinada pelo presidente da legenda, Antônio Rueda, determinou que todos os filiados deixassem cargos no governo sob pena de infidelidade partidária.
Antes de confirmar sua demissão, Sabino tentou negociar permanência no cargo até abril de 2026, prazo para desincompatibilização de candidatos que desejam concorrer ao Senado. Também buscou ficar até a COP30, em Belém, mas não obteve aval. O próprio ministro afirmou ter cumprido seu papel ao protocolar a saída do cargo, ressaltando que permanecerá no cargo por mais alguns dias a pedido de Lula, para acompanhar obras relacionadas à COP30.
A saída de Sabino evidencia o enfraquecimento do governo perante o centrão e a dificuldade em manter alianças com partidos estratégicos, um desafio constante da gestão atual. Outros ministros ligados ao União, como Waldez Góes e Frederico Siqueira, não foram afetados, mas o movimento mostra que a base de apoio do presidente segue fragmentada, abrindo espaço para questionamentos sobre a estabilidade da administração e sua capacidade de articulação política.
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