Após 40 anos preso injustamente, indiano é detido novamente nos EUA e enfrenta risco de deportação

Subramanyam Vedam, libertado após quatro décadas de encarceramento por um crime que não cometeu, agora luta contra uma antiga ordem de deportação emitida em 1999
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

Depois de passar 40 anos preso injustamente, o indiano Subramanyam Vedam, de 64 anos, vive um novo pesadelo jurídico nos Estados Unidos. Libertado em agosto deste ano após ser absolvido do assassinato de um colega universitário, ele foi novamente detido — desta vez por agentes de imigração, em razão de uma ordem de deportação antiga, datada de 1999.

Vedam havia sido condenado em 1983 pelo homicídio de Thomas Kinser, ocorrido em 1980. A condenação foi revertida após novas provas de balística revelarem que documentos cruciais haviam sido ocultados pela promotoria, comprovando sua inocência. Ele deixou a prisão na Pensilvânia em outubro, mas, em vez de reencontrar a irmã e recomeçar a vida, acabou levado para um centro de detenção do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE).

De sonho americano a injustiça

Natural da Índia, Vedam chegou aos Estados Unidos com apenas nove meses de idade e cresceu na Pensilvânia, onde a família se estabeleceu nos anos 1960. Durante a juventude, influenciado pela contracultura dos anos 1970, passou a consumir drogas.

Em 1980, ao pedir uma carona ao colega Kinser para comprar LSD, o amigo desapareceu e foi encontrado morto meses depois. Sem testemunhas e sem provas diretas, a promotoria o transformou em bode expiatório, levando-o à prisão perpétua sem direito à condicional.

Décadas de resiliência

Durante as quatro décadas atrás das grades, Vedam buscou reconstruir sua vida. Concluiu cursos universitários, atuou como tutor de outros detentos e manteve um histórico exemplar, tendo recebido apenas uma punição — por tentar levar arroz para dentro do presídio.

Luta pela liberdade completa

Agora, seus advogados tentam impedir a deportação sob as rígidas políticas de imigração americanas. Eles defendem que a antiga acusação de drogas, da juventude de Vedam, não pode ser usada para penalizá-lo novamente, após a enorme injustiça que sofreu.

“Quarenta e três anos de prisão injusta compensam qualquer erro de juventude”, afirmou sua advogada de imigração. “Ele construiu uma vida notável, mesmo atrás das grades.”

Enquanto aguarda a decisão final, Subramanyam Vedam segue sob custódia do ICE na Pensilvânia, esperando que a Justiça americana lhe devolva, pela segunda vez, o direito de ser livre.

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