 
Especialistas afirmam que a defesa das fronteiras e do cumprimento das leis reflete valores cristãos e a verdadeira justiça social
Por Chico Gomes |GNEWSUSA
Nos Estados Unidos, cresce entre os católicos conservadores a percepção de que a defesa da lei e da ordem — inclusive nas políticas migratórias — está alinhada aos princípios morais da Igreja e à preservação da soberania nacional. Para especialistas, a maioria dos fiéis apoia silenciosamente as medidas adotadas pelo ex-presidente Donald Trump, que buscavam restabelecer o respeito às normas de imigração e garantir segurança às famílias americanas.
Segundo Andrew Arthur, pesquisador do Centro de Estudos de Imigração, “um grande número de católicos americanos apoia as medidas do presidente em relação à imigração”. Ele recorda que Trump obteve a maioria dos votos católicos nas últimas eleições, justamente por defender a aplicação rigorosa da lei — um tema central de sua campanha presidencial.
Arthur também destacou que a chamada “maioria silenciosa” de católicos não costuma se manifestar nas ruas, ao contrário de grupos progressistas ligados a ordens religiosas que promovem atos públicos em defesa da imigração ilegal. “Não sei se existe um grande grupo católico que defenda abertamente a aplicação da lei, mas essa é a realidade: a maioria do país apoia a legalidade e o cumprimento das regras”, afirmou.
O especialista ressaltou ainda que o apoio à fiscalização migratória não é algo novo. “Trabalho há 33 anos na área de imigração e servi sob quatro presidentes — George H. W. Bush, Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama. Não há nada de diferente no cumprimento da lei hoje. A diferença é que, sob Trump, houve coragem de fazer valer o que a lei exige.”
Essa mesma convicção é compartilhada por Ken Cuccinelli, ex-secretário adjunto de Segurança Interna dos EUA. Ele lembra que o próprio catecismo da Igreja Católica estabelece dois princípios sobre imigração: generosidade das nações mais ricas e respeito às leis e costumes do país de destino. “Os Estados Unidos são historicamente o país mais generoso do mundo em acolher pessoas. Mas um imigrante ilegal, por definição, ignora a segunda expectativa do catecismo”, ressaltou.
Para Cuccinelli, o sistema migratório americano deve funcionar, em primeiro lugar, para o benefício dos cidadãos. “A imigração ilegal em massa afeta diretamente os trabalhadores de baixa renda e os serviços públicos. Trump entendeu isso e buscou um equilíbrio entre compaixão e responsabilidade.”
Charles Nemeth, diretor do Centro de Justiça Criminal, Direito e Ética da Universidade Franciscana de Steubenville, reforça essa visão sob uma ótica filosófica. “Se a questão é justiça, precisamos lembrar da tradição aristotélico-tomista: justiça é dar a cada um o que lhe é devido — nada mais, nada menos. O imigrante ilegal inicia sua jornada já em falta, pois desrespeita as leis e tradições do país que deseja acolhê-lo.”
Para os especialistas, o legado de Donald Trump na questão migratória foi o de reafirmar um princípio simples, mas essencial: a verdadeira caridade cristã não se opõe à justiça, e o respeito às leis é parte da ordem moral que sustenta qualquer nação livre.
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