Colts e Patriots surpreendem a NFL e revivem rivalidade histórica

Foto: Reprodução.
Depois de anos longe do topo, Indianapolis Colts e New England Patriots voltam a brilhar na Conferência Americana com estratégias diferentes, um apostando na renovação, o outro na tradição
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Quem olha a tabela da NFL em 2025 pode sentir um déjà-vu digno dos anos 2000. Lá estão, novamente, Indianapolis Colts e New England Patriots, dividindo o topo da Conferência Americana (AFC), algo que não acontecia desde a era lendária de Tom Brady e Peyton Manning. Metade da temporada já se foi, e as duas franquias que dominaram uma geração voltam a ser protagonistas, embora com fórmulas completamente diferentes.

Antes do pontapé inicial da temporada, ninguém apostaria nisso. Os Colts tinham apenas 2,4% de chance de vencer a AFC, e os Patriots, 3,2%. Em um cenário dominado por potências recentes como Kansas City Chiefs, Buffalo Bills e Baltimore Ravens, a ascensão de dois ex-gigantes parecia um devaneio nostálgico. Mas a NFL é um organismo imprevisível e 2025 tem provado exatamente isso.

A nova era do “Patriot Way”

Após anos de instabilidade pós-Brady, New England reencontrou seu DNA vencedor. O segredo? Misturar tradição com renovação. A franquia apostou alto no jovem Drake Maye, terceira escolha do draft de 2024, e o colocou sob a tutela de Mike Vrabel, ex-linebacker do time e discípulo do lendário Bill Belichick.

Vrabel trouxe de volta a essência do “Patriot Way”: defesa sólida, disciplina e mentalidade vencedora. O resultado é visível. Os Patriots estão entre as dez melhores defesas da NFL, cedendo apenas 300 jardas por jogo. No ataque, Maye virou sensação: lidera a liga em rating de quarterbacks (118,7) e completa 75,2% dos passes, números de elite que lembram o auge da dinastia de New England.

“Ele joga com calma e precisão de veterano.. é como se os Patriots tivessem encontrado o sucessor espiritual de Brady não por semelhança, mas por mentalidade”, escreveu o analista Peter Schrager, da Fox Sports 

Reviravolta com um renegado

Enquanto New England seguiu a cartilha tradicional, Indianapolis precisou improvisar. O plano inicial girava em torno de Anthony Richardson, escolha de primeira rodada em 2023. Mas lesões e atuações irregulares abriram espaço para um improvável protagonista: Daniel Jones, descartado pelo New York Giants.

Jones chegou aos Colts para ser reserva, mas ganhou a posição na pré-temporada e transformou o ataque da equipe. Protegido por a melhor linha ofensiva da NFL (segundo o Pro Football Focus), o quarterback renasceu: foi sacado apenas seis vezes e tem uma impressionante taxa de acerto de 71,2% nos passes.

A força do jogo terrestre, liderada por Jonathan Taylor, completa a fórmula. A linha ofensiva vence 72% dos duelos nas corridas, e Taylor já desponta como candidato a MVP. Com isso, os Colts deixaram de ser coadjuvantes e voltaram ao centro das atenções.

O que vem pela frente

O caminho até os playoffs, porém, não será fácil. Os Chiefs voltaram a vencer e continuam sendo o time a ser batido. Os Colts ainda encaram Pittsburgh Steelers, Seattle Seahawks e o próprio Kansas City, todos fora de casa. Já os Patriots enfrentam uma sequência dura contra Buffalo Bills, Baltimore Ravens e Tampa Bay Buccaneers.

Mesmo assim, ambos os times provaram que estão de volta e com estilo. O renascimento de Colts e Patriots reacende uma rivalidade que marcou época e reacende o interesse dos fãs em reviver o duelo clássico entre as duas potências que moldaram o século XXI da NFL.

Se 2025 realmente for o ano do retorno dessa rivalidade, a NFL agradece e os torcedores também.

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