
Levantamento mostra que quase metade dos episódios mais graves ocorreu na última década, com prejuízos econômicos cinco vezes maiores
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Um novo estudo realizado mostra que quase metade dos incêndios florestais mais devastadores registrados desde 1980 ocorreu nos últimos dez anos. A pesquisa aponta uma forte correlação entre a intensidade desses desastres e o aumento de condições climáticas extremas, como secas prolongadas e ventos intensos, atribuídos à crise climática global.
As regiões mais afetadas são aquelas com clima e vegetação semelhantes ao do Mediterrâneo — como Portugal, Espanha e Grécia — além do sul da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, e o sul da Austrália. Florestas de coníferas no Canadá e em outras partes da América do Norte também figuram entre os ecossistemas mais vulneráveis.
De acordo com o levantamento, a frequência de incêndios de grande impacto aumentou 4,4 vezes desde 1980, enquanto os prejuízos econômicos cresceram cinco vezes e o número de desastres com mais de dez mortes triplicou.
O estudo ressalta, porém, que biomas tropicais de savana, como o cerrado brasileiro, apresentam risco relativamente menor, já que o fogo frequente impede o acúmulo de material combustível e os ventos extremos tendem a ocorrer fora dos trópicos.
Os pesquisadores defendem, além da redução nas emissões de gases de efeito estufa, a adoção de estratégias adaptadas a cada ambiente, como técnicas de queima controlada, práticas já utilizadas por povos originários antes da colonização em várias regiões do mundo.
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