Alerta para casos de depressão que atingem profissionais de saúde na Europa

Foto: internet
Um em cada três médicos e enfermeiros sofre de depressão ou ansiedade, e 10% já pensaram em tirar a própria vida, revela relatório da OMS-Europa
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Um novo estudo da Organização Mundial da Saúde na Europa (OMS-Europa), divulgado neste 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental, revela uma crise silenciosa entre os profissionais de saúde do continente: um em cada três médicos e enfermeiros sofre de depressão ou ansiedade, enquanto 10% já tiveram pensamentos suicidas. O levantamento, que analisou mais de 90 mil respostas em 29 países europeus, aponta que longas jornadas, violência, assédio e insegurança no trabalho estão afetando diretamente a saúde mental desses profissionais, comprometendo também a qualidade do atendimento à população.

O relatório “A Saúde Mental de Médicos e Enfermeiros” mostra que os problemas de saúde mental entre os profissionais não são apenas frequentes, mas têm impacto grave no sistema de saúde. Nos últimos 12 meses, um em cada três médicos e enfermeiros foi alvo de bullying ou intimidação, e 10% relataram violência física ou assédio sexual. Além disso, cerca de um quarto dos médicos trabalham mais de 50 horas por semana, enquanto um terço dos médicos e um quarto dos enfermeiros têm contratos temporários, aumentando a ansiedade e a insegurança profissional.

Segundo Hans Henri P. Kluge, diretor regional da OMS-Europa, “os sistemas de saúde da Europa são tão fortes quanto as pessoas que os sustentam. O resultado do inquérito é um lembrete claro da necessidade de proteger quem cuida de nós”.

O estudo alerta ainda para as consequências desse sofrimento: profissionais com sintomas depressivos ou ansiosos podem tirar licenças médicas, considerar abandonar a profissão ou cometer erros no atendimento. Dependendo do país, até 40% desses profissionais precisaram se afastar do trabalho no último ano.

A OMS propõe sete ações políticas urgentes: implementar tolerância zero à violência e ao assédio, melhorar a previsibilidade dos turnos, controlar horas extras, reduzir cargas de trabalho, treinar líderes, ampliar o acesso a apoio psicológico e monitorar regularmente o bem-estar dos profissionais. Sem medidas imediatas, estima-se que a Europa poderá enfrentar uma escassez de 940 mil profissionais de saúde até 2030.

Apesar das dificuldades, muitos profissionais mantêm seu propósito: três em cada quatro médicos e dois em cada três enfermeiros relatam satisfação no trabalho, mostrando que, mesmo diante do desgaste, o compromisso com a vida do paciente permanece firme.

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