Energia solar e eólica superam carvão e reduz poluição do ar

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Pela primeira vez, solar e eólica superaram o carvão na geração elétrica global em 2025; avanço ajuda a diminuir doenças ligadas à poluição atmosférica
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O mundo atingiu um marco histórico na luta contra as mudanças climáticas e pela saúde pública: as energias solar e eólica superaram a geração a partir do carvão e cobriram todo o crescimento da demanda elétrica global no primeiro semestre de 2025. O relatório, divulgado pela organização internacional Ember, é considerado um divisor de águas na transição energética e pode ajudar a reduzir a poluição do ar — associada, segundo a OMS, a cerca de 7 milhões de mortes prematuras todos os anos.

Avanço das energias limpas

De acordo com a Ember, a geração elétrica mundial a partir de fontes solar e eólica atingiu 5.072 TWh nos seis primeiros meses de 2025, ultrapassando a produção de eletricidade com carvão, que ficou em 4.896 TWh.

A análise mostra que o aumento da demanda global de eletricidade foi totalmente atendido por fontes renováveis, com destaque para a energia solar, que liderou o crescimento, seguida da eólica.

Impacto direto na saúde

Para a OMS, a substituição de combustíveis fósseis por fontes limpas não beneficia apenas o clima, mas também a saúde humana.

A poluição atmosférica, causada em grande parte pela queima de carvão e outros combustíveis fósseis, está ligada a doenças cardíacas, derrames, câncer de pulmão e problemas respiratórios crônicos. A agência da ONU estima que a exposição prolongada ao ar poluído provoca 7 milhões de mortes prematuras a cada ano.

Destaque regional

A China foi a principal responsável pela expansão das energias renováveis, reduzindo sua geração de eletricidade a partir de combustíveis fósseis em cerca de 2% no semestre.

Na Índia, o crescimento da energia limpa foi mais de três vezes superior ao aumento da demanda elétrica, permitindo reduzir o uso de carvão e gás.

Nos Estados Unidos, porém, o ritmo de expansão das fontes renováveis não acompanhou o crescimento da demanda, levando a um aumento no uso de combustíveis fósseis. Já a União Europeia enfrentou queda na produção eólica e hidrelétrica, o que resultou em maior uso temporário de carvão e gás.

Um ponto de virada

Para a Ember, o desempenho do primeiro semestre de 2025 indica que o mundo chegou a um “ponto de virada” na transição energética.

A organização destaca que manter investimentos em infraestrutura e em políticas de incentivo às fontes renováveis será essencial para acelerar a descarbonização do setor elétrico.

Segundo a OMS, a ampliação das energias limpas contribui não apenas para atingir metas climáticas, mas também para reduzir a carga global de doenças respiratórias e cardiovasculares, salvando milhões de vidas nas próximas décadas.

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