Fuzis das Forças Armadas da Venezuela são apreendidos em megaoperação no Rio

Foto: Reprodução
Polícia encontra armamento pesado da Venezuela, Argentina, Peru e até do Exército Brasileiro em ação no Complexo do Alemão; armas devem passar por perícia técnica
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Uma megaoperação policial no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, revelou um dado alarmante sobre o tráfico internacional de armas. Entre os dezenas de fuzis apreendidos nesta terça-feira (28), foram identificadas armas pertencentes às Forças Armadas da Venezuela, do Peru, da Argentina e até do Brasil, segundo informou o delegado Vinícius Domingos, responsável pela investigação.

O arsenal, apreendido durante ações de combate ao crime organizado, inclui 11 fuzis da família G3 (origem alemã), 16 de plataforma K47 (russa) e 13 de fabricação belga, além de armas de padrão americano. Parte do armamento, de acordo com o delegado, é falsificada, mas possui alto poder letal.

“Mais de 90% dos fuzis de plataforma R são cop fake, ou seja, falsificações. Mantêm a capacidade de disparo, mas não têm o mesmo padrão de qualidade e rastreabilidade das originais”, explicou Domingos.

Rotas internacionais e indícios de tráfico transnacional

Durante a perícia inicial, os agentes identificaram dois FAL (Fuzil Automático Leve) com o brasão das Forças Armadas venezuelanas, um G3 da Força Armada do Peru, um fuzil com marca da Argentina e dois com insígnias das Forças Armadas Brasileiras.

Segundo Domingos, as evidências apontam para o uso de rotas internacionais de tráfico de armas, especialmente através da fronteira amazônica e do Paraguai.

“Isso mostra que muitas dessas armas não vêm de roubos internos. Elas entram no país por meio de rotas terrestres que cruzam fronteiras vulneráveis, sobretudo no Norte”, destacou o delegado.

Armas serão periciadas e podem reforçar forças policiais

Todo o armamento será encaminhado à Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, onde passará por análises balísticas e de origem. O objetivo é alimentar um banco de dados nacional que ajude a rastrear a procedência das armas e seus possíveis vínculos com facções criminosas e organizações internacionais.

De acordo com o delegado, armas em boas condições técnicas poderão ser incorporadas ao arsenal das forças policiais, enquanto outras seguirão para procedimentos judiciais e destruição controlada.

“As análises vão identificar a origem exata e avaliar a destinação de cada fuzil. As armas em condições adequadas poderão reforçar o combate ao crime organizado”, afirmou Domingos.

Operação no Morro do Alemão

A operação desta semana mobilizou centenas de agentes e contou com o apoio de veículos blindados e helicópteros. A ação faz parte de uma série de ofensivas da Polícia Civil e Militar para desarticular grupos armados no Complexo do Alemão e na Penha, áreas de forte presença de facções ligadas ao tráfico de drogas e ao comércio ilegal de armas.

Imagens divulgadas mostram arsenais apreendidos e corpos de suspeitos removidos de áreas de confronto. Os materiais confiscados serão fundamentais para entender a estrutura de fornecimento de armamentos pesados às facções que atuam na capital fluminense.

Contexto regional

O aumento da circulação de armas militares estrangeiras preocupa autoridades brasileiras e reforça o debate sobre segurança nas fronteiras. O Brasil faz divisa com dez países e enfrenta desafios históricos de controle de contrabando, tráfico de drogas e armas.

Especialistas em segurança apontam que a presença de armamento com selo de forças estrangeiras sugere falhas na fiscalização internacional e possível envolvimento de redes criminosas transnacionais.

A operação no Rio se soma a um conjunto de medidas coordenadas entre polícias estaduais, Forças Armadas e o Ministério da Justiça, que recentemente anunciaram o fortalecimento das ações conjuntas de inteligência e vigilância de fronteiras.

Resumo da operação no Complexo do Alemão

  • Data: 28 de outubro de 2025

  • Local: Morro do Alemão, Rio de Janeiro

  • Armas apreendidas: dezenas de fuzis de plataformas alemã, russa, belga e americana

  • Fuzis identificados:

    • 2 das Forças Armadas da Venezuela

    • 1 da Argentina

    • 1 da Força Armada do Peru

    • 2 das Forças Armadas Brasileiras

  • Encaminhamento: perícia da CFAE e possível incorporação ao arsenal policial

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