
A devolução de restos mortais faz parte do acordo de cessar-fogo, mas atrasos geram tensão
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O braço armado do Hamas anunciou que entregará os corpos de mais dois reféns mortos em Gaza às 22h (horário local; 16h em Brasília) desta quarta-feira (15), dentro do acordo de cessar-fogo com Israel.
Na segunda-feira (13), o grupo já havia libertado 20 reféns vivos. No entanto, 24 corpos permanecem em Gaza, levando Israel a acusar o Hamas de violar os termos da trégua. O grupo alertou que a recuperação de alguns restos mortais poderia demorar, já que muitos locais de sepultamento estão sob escombros e ainda não foram localizados.
Como resposta, o governo israelense anunciou a manutenção da passagem de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito, fechada, além da limitação da ajuda humanitária, em retaliação ao que considerou descumprimento do acordo pelo Hamas. A reabertura da passagem estava prevista como parte da primeira fase da trégua, mas não há previsão de quando as restrições serão suspensas.
Famílias de reféns demonstram preocupação com o atraso na devolução dos corpos. O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas enviou uma carta ao enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, afirmando: “O que temíamos está acontecendo diante dos nossos olhos” e pedindo que sejam feitos esforços para que o Hamas cumpra o acordo e traga todos os reféns restantes.
Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a devolução dos restos mortais é um “enorme desafio”, dado o estado dos escombros em Gaza. Christian Cardon, porta-voz do CICV, explicou que a operação pode levar dias, semanas ou, em alguns casos, talvez nunca se concretize, tornando o processo ainda mais complexo que a libertação de reféns vivos.
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