Hemorragia pós-parto: OMS lança novas diretrizes para reduzir mortes maternas até 2030

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Agências de saúde reforçam a importância do diagnóstico precoce e de cuidados pré e pós-natais de qualidade para salvar vidas
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

A Organização Mundial da Saúde (OMS), a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) e a Confederação Internacional de Parteiras (CIP) lançaram novas diretrizes globais com o objetivo de conter as mortes por hemorragia pós-parto (HPP), a principal causa de mortalidade materna no mundo.

Cerca de 45 mil mulheres morrem anualmente devido a essa complicação, que ocorre após o parto e pode se agravar rapidamente se não houver intervenção imediata. As novas recomendações incluem critérios atualizados de diagnóstico e um conjunto de ações práticas que podem salvar milhares de vidas por ano.

Diagnóstico precoce e resposta imediata

A hemorragia pós-parto é diagnosticada quando a perda de sangue ultrapassa 500 ml, mas os profissionais de saúde são orientados a agir já a partir dos 300 ml ou na presença de alterações nos sinais vitais.

A OMS destaca a importância da monitorização constante das mulheres nas horas seguintes ao parto e do uso de campos calibrados, dispositivos simples que medem com precisão o volume de sangue perdido. Detectar a HPP rapidamente é essencial, já que muitos casos ocorrem sem fatores de risco prévios.

Complicação evitável, mas ainda letal

A HPP afeta milhões de mulheres por ano e, mesmo quando não leva à morte, pode causar danos físicos e psicológicos, incluindo ansiedade e trauma. Segundo Jeremy Farrar, diretor-geral adjunto da OMS, trata-se da “complicação mais perigosa do parto”, pois pode evoluir em velocidade alarmante.

Embora nem sempre previsível, Farrar afirma que as mortes são evitáveis com prevenção, diagnóstico precoce e resposta imediata, e que as novas diretrizes buscam garantir que “mais mulheres sobrevivam ao parto”.

Tratamento e manejo

As novas recomendações preveem que, ao identificar a HPP, os profissionais devem agir imediatamente, seguindo uma sequência de medidas:

  • Massagem uterina;

  • Administração de medicamentos que estimulam contrações;

  • Uso de ácido tranexâmico para reduzir o sangramento;

  • Reposição de fluidos intravenosos;

  • Exame vaginal para identificar a causa da hemorragia.

Caso o sangramento persista, podem ser necessárias intervenções cirúrgicas ou transfusões de sangue até que a paciente esteja estável.

Prevenção começa no pré-natal

As diretrizes reforçam a importância de bons cuidados pré e pós-natais para reduzir os fatores de risco. A anemia, por exemplo, aumenta significativamente a probabilidade de hemorragia.

A OMS recomenda a administração diária de ferro e ácido fólico durante a gestação, ou, em casos mais graves, transfusões de ferro intravenoso para resposta mais rápida.

Compromisso global

A Confederação Internacional de Parteiras (CIP) pede que governos e sistemas de saúde adotem as novas diretrizes e invistam em parcerias e cuidados maternos de qualidade, com o objetivo de eliminar as mortes por hemorragia pós-parto até 2030.

“Com políticas eficazes e treinamento adequado, a hemorragia pós-parto pode se tornar uma tragédia do passado”, destaca o comunicado conjunto da OMS, FIGO e CIP.

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