
Evento astronômico cruzará dez países e proporcionará mais de seis minutos de total escuridão sobre a Terra
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Em 2 de agosto de 2027, o planeta será palco de um dos maiores espetáculos astronômicos do século 21: um eclipse solar total com duração recorde de 6 minutos e 22 segundos de total escuridão. De acordo com a NASA, o fenômeno será o mais longo eclipse sobre terra firme em todo o século, oferecendo uma oportunidade única para cientistas e admiradores do cosmos.
Embora partes da Europa, África e sul da Ásia possam observar o evento de forma parcial, apenas uma estreita faixa da sombra da Lua permitirá a visão completa do eclipse. Segundo o site especializado Eclipse Wise, essa faixa de totalidade cruzará dez países: Espanha, Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Egito, Sudão, Arábia Saudita, Iêmen e Somália.
O eclipse mais esperado do século
Batizado informalmente de “o eclipse do século”, o evento se destaca não apenas pela sua duração excepcional, mas também pela amplitude da faixa de totalidade, que deve atingir cerca de 258 quilômetros de largura e se estender por mais de 15 mil quilômetros sobre a superfície terrestre. No total, serão aproximadamente 2,5 milhões de quilômetros quadrados cobertos pela sombra lunar.
Essa magnitude será possível porque, na data do fenômeno, a Lua estará em seu ponto mais próximo da Terra, conhecido como perigeu, o que a fará parecer ligeiramente maior no céu — condição ideal para um eclipse solar total de longa duração.
Um espetáculo para os olhos e para a ciência
Durante o auge do eclipse, o céu escurecerá repentinamente, criando um cenário de crepúsculo de 360 graus. Esse momento permitirá observar o contorno brilhante do Sol e até mesmo estrelas e planetas visíveis a olho nu. Para os cientistas, a ocasião será uma oportunidade rara de estudar a coroa solar, a camada mais externa e misteriosa do Sol, que só pode ser observada durante eclipses totais.
Entenda o fenômeno
Segundo a NASA, um eclipse solar acontece quando Terra, Lua e Sol se alinham de forma quase perfeita, fazendo com que a Lua bloqueie total ou parcialmente a luz solar em determinadas regiões do planeta. Esse alinhamento, no entanto, é raro, já que a órbita lunar é levemente inclinada em relação à da Terra. Por isso, os eclipses só ocorrem durante os chamados “períodos de eclipses”, que acontecem duas vezes por ano.
Em 2027, o mundo terá a chance de presenciar um fenômeno que une beleza, ciência e mistério — um lembrete cósmico de como o universo segue, em perfeita harmonia, dançando entre luz e sombra.
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