
O presidente apresentou um projeto para enviar o Exército à fronteira com a Bolívia por decreto, sem necessidade de aval do Congresso
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Nesta quarta-feira (8), o presidente do Chile, o esquerdista Gabriel Boric, anunciou um projeto de reforma constitucional para mobilizar as Forças Armadas na fronteira com a Bolívia. Ele pretende fazer isso por decreto, sem a necessidade de aprovação do Congresso.
“Apresentaremos uma reforma constitucional que nos permitirá, mediante decreto supremo e pelo tempo que se considerar necessário, mobilizar nossas Forças Armadas para a fronteira”, informou Boric na localidade fronteiriça de Colchane.
De acordo com a atual Constituição do Chile, os presidentes devem pedir autorização para envio dos militares ao controle fronteiriço. Entretanto, o presidente deseja contornar isso, considerando a facilidade para a entrada de imigrantes na fronteira norte com a Bolívia, onde pessoas sem documentos cruzam a pé.
A imigração ilegal é um dos temas mais debatidos no processo das eleições presenciais do Chile, que ocorre no dia 16 de novembro. José Antonio Kast, de extrema-direita e um dos candidatos favoritos, diz que a falta de controle nas fronteiras é responsável pela insegurança no país. Ele promete medidas rígidas contra estrangeiros sem documentos, caso seja eleito.
O ministro do Interior, Álvaro Elizalde, explicou que o plano de Boric estabelece o envio do Exército à fronteira “como uma atribuição permanente de quem seja o chefe de Estado”, alterando a Constituição.
Mesmo sem maioria no Congresso, o presidente chileno espera a aprovação rápida do projeto de lei, que tornará menos burocrático o controle da imigração nas áreas fronteiriças do país.
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