
CBF diz que liberação depende de autorização da FIFA, já que lances questionados não foram revisados no monitor do árbitro
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O São Paulo Futebol Clube enviou um ofício à CBF solicitando a divulgação dos áudios da comunicação entre os árbitros Ramon Abatti Abel e Ilbert Estevam da Silva durante o clássico contra o Palmeiras, realizado no último domingo no Morumbi. No entanto, a expectativa de que isso aconteça ainda é incerta.
Em nota oficial, a CBF explicou que a divulgação dos áudios só pode ocorrer para lances que tenham sido checados pelo árbitro de campo no monitor do VAR, e que isso depende de uma autorização especial da FIFA. A entidade afirmou que irá consultar a FIFA sobre a possibilidade de liberar exceções a esse protocolo.
O protocolo vigente determina que apenas os áudios de lances analisados pelo árbitro no monitor do VAR são passíveis de divulgação. Entretanto, nenhuma das jogadas reclamadas pelo São Paulo foi revisada por Ramon Abatti Abel no vídeo.
O Tricolor questiona ao menos cinco lances do jogo, que considera erros de arbitragem que influenciaram diretamente o resultado da partida. O principal deles é um possível pênalti não marcado para o São Paulo no início do segundo tempo, quando o zagueiro Allan derrubou Tapia dentro da área.
Em resposta ao pedido, a CBF informou, na última segunda-feira, que “consultará a FIFA sobre a viabilidade de divulgar os registros de checagens de lances não protocolares. Caso a autorização seja concedida, a liberação de áudios de lances questionados poderá se tornar prática comum”.
O executivo de futebol do São Paulo, Rui Costa, esteve presente em uma reunião na última segunda-feira (6), na sede da CBF, onde foram mostrados os áudios das jogadas revisadas pelo VAR no clássico.
Durante o encontro, o presidente da comissão de arbitragem, Rodrigo Cintra, e o gerente técnico do VAR, Péricles Bassols, esclareceram os procedimentos adotados no jogo.
No lance em que Tapia foi derrubado por Allan, a comunicação do VAR indicou que não houve recomendação para que o árbitro fosse ao monitor revisar o possível pênalti.
A CBF afirmou que continuará avaliando a situação e consultando a FIFA para determinar a viabilidade de liberar os áudios solicitados pelo São Paulo.
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