A medida deve afetar principalmente venezuelanos, que formam a maior comunidade de imigrantes no país
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Um processo de deportação em massa de imigrantes sem documentos está sendo preparado pelo governo de Trinidad e Tobago, país caribenho composto por duas ilhas, perto da Venezuela. Ainda não há data para a implementação da medida.
O plano surge em meio à crise diplomática com o governo de Nicolás Maduro, após o país do Caribe ter recebido um navio de guerra dos Estados Unidos para exercícios militares conjuntos. As deportações devem afetar principalmente os venezuelanos, que formam a maior comunidade de imigrantes no arquipélago.
Através de um memorando que a imprensa internacional teve acesso, o ministro da Segurança de Trinidad e Tobago determinou que “todos os imigrantes irregulares detidos sejam retidos para a implementação de um exercício de deportação em massa”.
Relações estremecidas
A cooperação bilateral entre os governos de Trinidad e Tobago e Venezuela começou a se deteriorar com a chegada de Kamla Persad-Bissessar ao poder no arquipélago. Ela tem um discurso contra a imigração venezuelana alinhado aos Estados Unidos e foi declarada persona non grata pelo Parlamento da Venezuela.
Recentemente Kamla concordou em realizar exercícios militares conjuntos com a nação americana, diante de uma tensão no Caribe, onde os EUA vêm atuando contra o tráfico de drogas.
O contratorpedeiro americano USS Gravely chegou no último domingo a Trinidad e Tobago, onde ficará atracado até esta quinta-feira (30). O navio integra a frota dos EUA mobilizada desde agosto para operações contra o narcotráfico na região. As ações já resultaram em 57 mortes e 14 ataques contra “narcolanchas”.
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