49% dos brasileiros já consultaram IA sobre saúde: especialistas alertam para riscos de confiar apenas na tecnologia

Foto: internet
Levantamento aponta que a inteligência artificial ganha espaço nas consultas virtuais, mas médicos seguem sendo a fonte mais confiável; especialistas destacam que decisões de saúde não devem se basear exclusivamente em ferramentas digitais
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

Quase metade dos brasileiros já recorreu à inteligência artificial para tirar dúvidas sobre sintomas, diagnósticos ou tratamentos, indica levantamento da Doctoralia com mais de 3,4 mil pessoas. Mas especialistas alertam que confiar exclusivamente em informações obtidas por IA pode ser arriscado: diagnósticos imprecisos, atrasos no tratamento e informações desatualizadas podem comprometer a saúde. Médicos continuam sendo a principal referência, sendo consultados por 72% dos entrevistados antes de qualquer decisão clínica.

O estudo mostra que apenas 12% dos entrevistados recorrem primeiro à IA, enquanto 38% buscam diretamente um médico e outros 38% utilizam buscas em Google ou sites especializados. Entre os que usam IA, 37% a veem como ponto de partida, sempre buscando validação profissional. Apenas 4% consideram a IA a fonte mais confiável, evidenciando que a supervisão médica é essencial.

Especialistas em saúde alertam que, embora ferramentas digitais possam auxiliar na orientação inicial, elas não substituem a avaliação presencial. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), diagnósticos digitais sem acompanhamento clínico podem aumentar riscos de erros, atrasar tratamentos ou agravar doenças crônicas. Pesquisas publicadas no Journal of Medical Internet Research também indicam que algoritmos podem apresentar vieses, oferecendo respostas imprecisas para diferentes perfis de pacientes.

O levantamento ainda revelou que 66% consultam um médico antes de seguir recomendações obtidas por IA, apenas 13% agendam consultas sugeridas pela tecnologia e 5% testam tratamentos indicados virtualmente. Na escolha de um novo profissional online, a reputação e avaliações de outros pacientes são decisivas para 36% dos entrevistados, reforçando que a credibilidade humana continua sendo prioritária.

Nota sobre metodologia:
A pesquisa foi realizada com mais de 3,4 mil brasileiros, segundo a Doctoralia, mas a metodologia completa não foi divulgada publicamente, incluindo detalhes sobre perfil da amostra e margem de erro.

Enquanto a inteligência artificial se consolida como ferramenta de apoio, especialistas enfatizam que ela deve ser usada apenas como complemento, e não como substituto da avaliação médica. A mensagem é clara: a tecnologia pode ajudar, mas a decisão final sobre a saúde deve ser tomada por profissionais qualificados.

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