Mais de quatro mil páginas revelam detalhes inéditos das buscas e reacendem debates sobre o destino da aviadora
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
As autoridades dos Estados Unidos divulgaram recentemente milhares de documentos que permaneceram sob sigilo por décadas, todos relacionados ao misterioso desaparecimento da aviadora Amelia Earhart, ocorrido em 1937. Segundo a Office of the Director of National Intelligence (ODNI), cerca de 4.624 páginas foram disponibilizadas no Arquivo Nacional americano, em cumprimento a um decreto assinado pelo então presidente Donald Trump.
O material reúne registros da Marinha dos EUA, relatórios das operações aéreas e marítimas de busca realizadas naquele ano, mapas de voo, comunicações por rádio e correspondências entre agências governamentais. A diretora de Inteligência, Tulsi Gabbard, afirmou à imprensa que a liberação continuará conforme mais órgãos concluírem a revisão de seus arquivos.
O dossiê Amelia Earhart
Entre os documentos estão detalhes sobre o planejamento da volta ao mundo que Earhart tentava concluir, além de informações preliminares sobre as primeiras tentativas de resgate após seu desaparecimento. Esses registros reacendem teorias antigas — desde falhas de navegação e problemas de comunicação até hipóteses mais controversas que surgiram ao longo das décadas.
Especialistas destacam que, embora parte desse conteúdo já tivesse sido revelada de forma isolada no passado, a compilação agora divulgada oferece uma visão inédita e mais completa da resposta governamental na época. Para pesquisadores, esse acesso amplo pode abrir caminhos para novas análises e talvez até para conclusões que antes eram impossíveis.
Mistério permanece
Apesar do vasto volume de informações, o destino de Amelia Earhart continua indefinido. As dúvidas seguem: teria ocorrido um acidente no mar? Um pouso forçado em alguma ilha remota? Ou outra circunstância ainda desconhecida? Muitos dos documentos exigem estudo aprofundado por historiadores, especialistas em aviação e pesquisadores independentes, que agora têm material suficiente para revisitar — e talvez redefinir — antigas interpretações.
A liberação desses registros representa um marco no legado da aviadora, considerada um ícone da aviação mundial. Quase um século depois, seu desaparecimento ainda fascina e instiga investigações. Com os novos arquivos à disposição do público, o debate sobre os últimos momentos de sua missão ganha novo fôlego — e pode inspirar futuras buscas para, enfim, tentar esclarecer o enigma que envolve seu destino.
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