Museu mais famoso do mundo enfrenta críticas após auditoria revelar senhas fracas, softwares desatualizados e riscos ao acervo
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O Museu do Louvre, em Paris, voltou aos holofotes — não por suas obras-primas, mas por uma série de falhas graves em sua segurança. Uma auditoria privada revelou que o sistema de vigilância do museu utilizava senhas extremamente fracas, incluindo a palavra “Louvre” para acessar câmeras internas, além de softwares sem atualização há anos.
Segundo o relatório, essas vulnerabilidades existem há pelo menos uma década. Apesar de o problema ter sido negado anteriormente, a ministra da Cultura da França, Rachida Dati, admitiu publicamente as falhas.
Entre as consequências possíveis, o governo francês confirmou que essa fragilidade no sistema pode ter contribuído para o roubo das joias da coroa ocorrido em 19 de outubro. Documentos internos apontam que oito programas essenciais à proteção do museu estavam desatualizados.
Tecnologia obsoleta e fácil acesso aos sistemas
Um dos principais sistemas de segurança comprometidos é o Sathi, implantado em 2003 para monitorar câmeras e controlar entradas. Desde 2019, a fornecedora do software informou que não havia mais contratos de suporte nem qualquer contato do museu para manutenção ou renovação.
Testes de especialistas em cibersegurança identificaram que era possível acessar a rede interna do Louvre por meio de computadores comuns. A partir daí, qualquer pessoa experiente poderia manipular câmeras, liberar acessos e até controlar o sistema remotamente.
Senhas como “Louvre” e “THALES” em servidores críticos
A Agência Nacional de Segurança dos Sistemas de Informação da França constatou que senhas simples, como “Louvre” e “THALES”, eram utilizadas em setores essenciais do museu. A auditoria também apontou outras vulnerabilidades preocupantes, como:
- Acesso à rede administrativa sem barreiras eficazes;
- Possibilidade de alterar permissões de crachás e autorizações;
- Controle remoto sobre o sistema de vídeo e vigilância.
Investigações seguem em andamento
Quatro suspeitos do roubo já foram presos, e as autoridades acreditam que o crime tenha sido cometido por pessoas sem grande experiência. Ainda assim, a fragilidade do sistema levantou um alerta mundial sobre a segurança de patrimônios culturais.
O caso continua sob investigação, enquanto cresce a pressão pública e governamental para modernizar urgentemente a infraestrutura do Louvre e proteger um dos maiores tesouros culturais da humanidade.
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