Falsos agentes de imigração nos EUA realizam sequestros, agressões e roubos

FBI emite alerta nacional após série de crimes cometidos por criminosos que se passam por autoridades da imigração
Por Chico Gomes | GNEWSUSA

Criminosos nos Estados Unidos têm se aproveitado do medo e da vulnerabilidade de imigrantes para cometer crimes graves enquanto fingem ser agentes da imigração. De acordo com um boletim divulgado pelo FBI em novembro de 2025, pelo menos cinco incidentes já foram registrados neste ano, envolvendo falsos agentes cometendo roubos, sequestros e agressões em diferentes estados.

O alerta pede que a população e as autoridades estejam atentas e reforça: agentes legítimos da imigração devem se identificar claramente durante qualquer operação.

Casos que chamaram atenção

Um dos episódios mais graves aconteceu em Nova York. Três homens, usando coletes pretos semelhantes aos de agentes oficiais, invadiram um restaurante, agrediram um funcionário, amarraram suas mãos e tentaram roubar um caixa eletrônico.

Outros casos foram registrados em estados como Flórida, Brooklyn e Raleigh. Todos seguem o mesmo padrão: uso de credenciais falsas, abuso de poder e intimidação de pessoas em situação vulnerável.

Em Bay County, Flórida, uma mulher se passou por agente do ICE para sequestrar a esposa de seu ex-parceiro. Em Brooklyn, um homem que fingia ser oficial de imigração agrediu uma mulher e acabou preso. Já em Raleigh, um criminoso ameaçou deportar uma mulher caso ela não tivesse relações sexuais com ele, utilizando uma identificação falsa.

Ação das autoridades e sinais de alerta

O FBI recomendou que todas as forças de segurança colaborem para verificar a identidade de qualquer pessoa que se apresente como agente da ICE (Imigração e Controle de Alfândega). A falta de identificação adequada, segundo o boletim, coloca em risco a confiança da população nas instituições.

Para ajudar a prevenir novos casos, o FBI destacou alguns sinais que podem indicar falsos agentes:

  • Credenciais ou documentos de identificação forjados;
  • Uniformes desatualizados ou sem insígnias oficiais;
  • Veículos sem marcação oficial ou com símbolos clonados;
  • Ações violentas sem apresentação de mandado ou explicação formal.

As autoridades também estão promovendo campanhas de conscientização para que imigrantes e cidadãos saibam como agir e a quem recorrer em situações suspeitas.

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