Brasil condiciona novo encontro entre Lula e Trump a avanços nas negociações comerciais

Planalto avalia que uma reunião entre os dois presidentes só deve ocorrer quando houver avanços concretos nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos

Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O governo brasileiro avalia que um novo encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o dos Estados Unidos, Donald Trump, só deve acontecer quando as negociações bilaterais resultarem em avanços concretos. A orientação é que a reunião tenha foco em resultados práticos, como a assinatura — ou a apresentação — de um acordo comercial.

Fontes do Planalto afirmam que o objetivo é evitar uma nova reunião apenas de caráter simbólico, como a realizada em 26 de outubro, na Malásia, que marcou a reaproximação entre os dois países. A avaliação atual é de que o diálogo deve prosseguir em nível técnico e ministerial até que existam propostas consolidadas.

Entre os temas em discussão estão as tarifas adicionais de até 40% sobre produtos brasileiros e sanções aplicadas a algumas autoridades nacionais. O governo considera que a revisão desses pontos é essencial para o avanço das relações comerciais entre os dois países.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, pode se reunir nesta terça-feira (11), no Canadá, com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, durante a cúpula do G7. A expectativa é que o encontro sirva para ajustar detalhes e planejar novas rodadas de negociações entre representantes de ambos os governos.

Ainda há a possibilidade de uma conversa telefônica entre Lula e Trump para reforçar o interesse em acelerar as tratativas. No entanto, a posição oficial é de que uma nova reunião presencial só será marcada quando houver algum resultado concreto a ser apresentado publicamente.

Diplomatas avaliam que o Brasil busca uma abordagem pragmática nas relações com os Estados Unidos, priorizando acordos que tragam benefícios econômicos e comerciais, sem foco em gestos políticos ou protocolares.