12 suspeitos respondem por ligação com facção criminosa; autoridades continuam apurando motivação e possíveis mandantes
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Polícia Civil de São Paulo finalizou a primeira fase do inquérito que investigava o assassinato do ex-delegado-geral da corporação, Ruy Ferraz Fontes, morto a tiros em 15 de setembro, na cidade de Praia Grande, litoral paulista. Segundo as apurações, uma rede criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) esteve diretamente envolvida na preparação e execução do ataque.
De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), 12 suspeitos foram formalmente indiciados: sete por homicídio e associação criminosa, e cinco exclusivamente por participação na organização criminosa. A polícia solicitou a manutenção das prisões de todos os envolvidos, incluindo a conversão de temporárias em preventivas, garantindo que os suspeitos permaneçam à disposição da Justiça.
Ao longo da investigação, 14 pessoas foram identificadas como participantes, direta ou indiretamente, do crime. Entre elas, Umberto Alberto Gomes, conhecido como “Playboy”, teve seu material genético encontrado em duas residências usadas no planejamento do ataque.
Segundo a investigação, Gomes teve papel central no planejamento do ataque. Gomes morreu em confronto com a polícia no Paraná, em 30 de setembro, e sua participação será arquivada.
Outro suspeito, identificado apenas como o “quarto ocupante” de um dos veículos usados, ainda não foi formalmente reconhecido e não consta no relatório final.
Entre os indiciados, dois permanecem foragidos: Luiz Antônio Rodrigues de Miranda (“Gão”), apontado como motorista do veículo utilizado no ataque e responsável por organizar o transporte de armas, e Flávio Henrique Ferreira de Souza, cujas impressões digitais foram localizadas em veículos e imóveis ligados à operação criminosa.
A polícia identificou quatro residências que funcionaram como bases para reuniões, armazenamento de armas e abrigo dos suspeitos. Os proprietários dessas casas também foram indiciados.
Segundo o DHPP, os cinco investigados com vínculo ao PCC atuaram na logística do crime, garantindo que armas, veículos e informações circulassem dentro da organização criminosa.
Embora a primeira fase tenha encerrado a apuração sobre os executores diretos do crime, outras linhas investigativas permanecem abertas, com o objetivo de identificar os mandantes e compreender a motivação do assassinato, incluindo possíveis ligações com a atuação de Ruy Ferraz Fontes na administração municipal de Praia Grande ou em investigações anteriores contra o PCC.
O caso evidencia a complexidade das facções criminosas e os riscos enfrentados por agentes públicos, mostrando que mesmo após deixar cargos de destaque, a atuação policial pode continuar a gerar consequências diretas e violentas.
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