Jovem que afirmava ser Madeleine McCann é considerada culpada por assédio no Reino Unido

Julia Wandelt, que chegou a alegar ser a menina desaparecida em 2007, foi condenada por importunar os pais de Maddie e poderá ser deportada
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

Nesta sexta-feira (7), Julia Wandelt, jovem polonesa que ganhou notoriedade por afirmar ser Madeleine McCann, foi considerada culpada por assédio pela Justiça do Reino Unido. A decisão encerra um caso que ganhou repercussão internacional e reavivou memórias do desaparecimento da menina britânica em 2007, na Praia da Luz, em Portugal.

Wandelt, de 24 anos, chorou ao ouvir o veredito e chegou a esconder o rosto entre as mãos. Embora a sentença possa chegar a seis meses de prisão, a imprensa britânica aponta que ela deverá ser deportada para a Polônia, país de origem, já que deixou o território polonês para viajar até o Reino Unido, onde vivem Kate e Gerry McCann, os pais de Madeleine.

Durante o julgamento, que durou cinco semanas no Tribunal Criminal de Leicester, o júri absolveu Wandelt da acusação de perseguição, mas a declarou culpada de assédio — crime que envolve importunar e causar sofrimento emocional por meio de contatos insistentes e não solicitados.

A jovem foi presa em fevereiro, no aeroporto de Bristol, e respondia a quatro acusações de perseguição, por ter enviado mensagens e feito ligações repetidas à família McCann entre 2022 e 2025, além de ter ido até a residência deles, em Rothley, perto de Leicester. Julia também enviou mensagens aos gêmeos Sean e Amelie, irmãos de Maddie.

A cúmplice apontada no processo, Karen Spragg, uma mulher de 60 anos originária de Cardiff, foi absolvida de todas as acusações.

Em 2023, Julia Wandelt havia declarado publicamente, em seu perfil no Instagram, acreditar ser Madeleine McCann — desaparecida em maio de 2007, poucos dias antes de completar quatro anos. No entanto, um teste de DNA descartou qualquer ligação genética entre Wandelt e a família McCann.

O que levou Julia a acreditar ser Maddie

Durante o julgamento, Wandelt explicou que começou a questionar sua identidade ainda na infância. Ela contou que suas lembranças só surgem a partir dos oito ou nove anos e que seus pais recusavam-se a mostrar fotos de quando era pequena. Ao pedir um teste de DNA, a solicitação também foi negada.

A jovem afirmou ainda ter sido vítima de abuso por parte de um familiar idoso, e que seu pai teria comentado que esse homem, no passado, “chegou a raptar alguém”. Essa revelação a levou a investigar casos de desaparecimento e, segundo ela, foi assim que encontrou a foto de Madeleine McCann, acreditando ter semelhanças físicas com a menina.

O caso reacendeu a atenção mundial sobre o desaparecimento de Madeleine McCann, um dos mais misteriosos e midiáticos da história recente. A menina sumiu em 3 de maio de 2007, enquanto dormia em um apartamento de férias na Praia da Luz, no Algarve, em Portugal.

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