Lula critica operação, chama de ‘matança’ e causa revolta entre policiais

Declaração do presidente gera indignação nas forças de segurança e expõe o desprezo do governo pelos heróis que tombaram em serviço

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

O governo federal voltou a gerar polêmica nesta semana após sinalizar a possibilidade de prestar assistência financeira e psicológica a familiares dos mortos durante a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou em dezenas de mortes de criminosos ligados a facções. A iniciativa, defendida pela ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, tem causado indignação entre representantes das forças de segurança, parlamentares e a população que vê na medida um afronte à memória dos policiais mortos em serviço.

Discurso do Planalto causa revolta nas corporações

Durante entrevista recente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a operação como ‘desastrosa’ e chegou a falar em ‘matança’, insinuando abusos por parte das forças policiais. O comentário foi recebido com indignação por entidades de classe e familiares de agentes de segurança.

Para setores da direita e parte dos militares, a fala de Lula reforça um discurso de vitimização de criminosos e enfraquece o trabalho de combate ao crime organizado.

“É triste ver o governo chamar de matança uma operação que levou de volta a paz para muitas comunidades. Policiais morreram cumprindo seu dever e não se fala em ajudar suas famílias”, criticou um delegado do Rio que pediu para não ser identificado.

Prioridades invertidas

Enquanto o Ministério dos Direitos Humanos discute medidas de amparo a parentes de suspeitos mortos, não há qualquer proposta concreta de apoio às famílias dos policiais que perderam a vida durante a operação.

A ausência de uma política voltada aos agentes públicos tem sido vista por analistas como sinal de abandono e desrespeito àqueles que arriscam a vida diariamente para proteger a população.

Nos bastidores, fontes do Planalto afirmam que a proposta da ministra Macaé Evaristo enfrenta resistência de setores do próprio governo, preocupados com o impacto negativo da iniciativa em meio à crescente onda de violência e ao fortalecimento de facções no país.

Operação e resultados

A operação, realizada em comunidades controladas pelo crime organizado, teve como objetivo desarticular grupos armados ligados ao Comando Vermelho (CV). De acordo com as autoridades fluminenses, a ação foi planejada com base em informações de inteligência e resultou na apreensão de fuzis, munições e drogas, além da prisão de criminosos de alta periculosidade.

Apesar disso, a narrativa adotada pelo governo federal transformou a ação policial em um novo campo de batalha política, com discursos que, para muitos, enfraquecem a autoridade policial e estimulam o sentimento de impunidade.

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