Anvisa aprova a composição das vacinas da gripe para 2026 com base em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS); entenda quais vírus estarão nos imunizantes e o que permanece em transição
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
A Anvisa anunciou que as vacinas contra influenza (gripe) usadas no Brasil em 2026 terão nova composição, atualizada para acompanhar as mutações do vírus e garantir maior eficácia na proteção. A definição segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e passa a valer a partir de 1º de fevereiro de 2026.
Por que essa mudança é importante
O vírus da gripe sofre mutações constantes, o que torna necessária a atualização anual das vacinas. A OMS monitora os vírus que mais circulam no mundo para indicar as cepas que deverão compor as vacinas da próxima temporada. A Anvisa, então, publica oficialmente a composição que será usada no Brasil — em 2026, isso foi feito por meio da Instrução Normativa 408/2025.
Composição da vacina 2026 para o Hemisfério Sul (Brasil)
As vacinas utilizadas no Brasil a partir de fevereiro de 2026 deverão conter as seguintes cepas:
Vacinas trivalentes:
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A/Missouri/11/2025 (H1N1)pdm09
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A/Singapore/GP20238/2024 (H3N2)
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B/Austria/1359417/2021 (linhagem Victoria)
Vacinas quadrivalentes:
Incluem as três cepas acima, mais:
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B/Phuket/3073/2013 (linhagem Yamagata)
Vacinas não baseadas em ovos:
Devem conter cepas equivalentes a:
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A/Missouri/11/2025 (H1N1)pdm09
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A/Sydney/1359/2024 (H3N2)
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B/Austria/1359417/2021 (linhagem Victoria)
Identificação no rótulo
Todas as vacinas produzidas para o Hemisfério Sul, incluindo as usadas no Brasil, devem trazer obrigatoriamente a expressão:
“CEPAS 2026 HEMISFÉRIO SUL”
Composição das vacinas destinadas ao Hemisfério Norte
Algumas campanhas específicas do Ministério da Saúde utilizam vacinas com composição do Hemisfério Norte, especialmente em regiões com sazonalidade diferenciada. Para a temporada 2025–2026, essas vacinas deverão conter:
Vacinas trivalentes:
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A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09
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A/Croatia/10136RV/2023 (H3N2)
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B/Austria/1359417/2021 (linhagem Victoria)
Vacinas quadrivalentes:
Além das três acima, incluir:
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B/Phuket/3073/2013 (linhagem Yamagata)
Vacinas não baseadas em ovos:
Cepas equivalentes a:
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A/Wisconsin/67/2022 (H1N1)pdm09
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A/District of Columbia/27/2023 (H3N2)
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B/Phuket/3073/2013 (linhagem Yamagata)
Identificação no rótulo
Esses imunizantes devem obrigatoriamente trazer:
“CEPAS 2025–2026 HEMISFÉRIO NORTE”
Ou seja:
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Vacinas do Hemisfério Sul → “CEPAS 2026 HEMISFÉRIO SUL”
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Vacinas do Hemisfério Norte → “CEPAS 2025–2026 HEMISFÉRIO NORTE”
Cada qual com sua identificação correta — elas não usam o mesmo rótulo.
Vacinas quadrivalentes podem ser descontinuadas
A OMS recomenda que, a partir de 2027, as vacinas quadrivalentes saiam de circulação. Isso porque não há registros de circulação natural do vírus B/Yamagata — presente apenas nas quadrivalentes — desde 2020.
Mesmo assim, para evitar desabastecimento e garantir que a população continue protegida, a Anvisa decidiu manter a oferta das versões quadrivalentes durante todo o ano de 2026. A transição deve ocorrer de forma gradual, conforme a capacidade operacional e a produção de cada país.
O que isso significa para a população
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A vacina de 2026 estará atualizada com os vírus mais prováveis de circular no Brasil.
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Tanto trivalentes quanto quadrivalentes continuarão disponíveis em 2026, evitando risco de falta de doses.
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A partir dos próximos anos, a tendência é que as vacinas voltem a ser exclusivamente trivalentes.
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Para identificar a formulação correta, basta observar o rótulo: “CEPAS 2026 HEMISFÉRIO SUL” para vacinas usadas no Brasil.
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