Sete chefes do Comando Vermelho são transferidos para presídios federais de segurança máxima

Medida faz parte da ofensiva do governo do Rio para enfraquecer facções e restaurar a tranquilidade da população fluminense

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

O governo do Rio de Janeiro iniciou nesta quarta-feira (12) a transferência de sete chefes do Comando Vermelho para presídios federais de segurança máxima. A medida integra uma ação estratégica para desarticular o comando das facções criminosas que atuam no estado e reduzir a influência desses grupos dentro e fora dos presídios.

De acordo com o governador Cláudio Castro, a operação só foi possível após articulação direta com o Ministério da Justiça, que autorizou a liberação de vagas no Sistema Penitenciário Federal.

“Estamos transferindo sete chefes do Comando Vermelho para presídios federais de segurança máxima hoje. Eu procurei o Ministério da Justiça e só assim conseguimos a liberação de vagas no Sistema Penitenciário Federal. Essa é mais uma etapa do trabalho que estamos fazendo para enfraquecer as facções, cortar suas conexões e devolver tranquilidade à população fluminense.

A segurança pública não é um problema local, é um desafio nacional que exige cooperação, inteligência e coragem. O Rio de Janeiro segue fazendo sua parte”, afirmou Castro.

Estratégia e segurança reforçada

A transferência foi realizada sob forte esquema de segurança, com apoio de forças estaduais e federais. Os presos foram removidos de diferentes unidades do sistema prisional do Rio e levados, em comboios monitorados, até aeroportos onde seguiram para presídios federais de segurança máxima, em locais não divulgados por motivos estratégicos.

O objetivo é romper a comunicação entre os líderes e suas bases criminosas, dificultando a coordenação de ações violentas, como ataques e ordens de execução, que continuam sendo emitidas mesmo com os chefes atrás das grades.

Quem são os presos transferidos

Entre os transferidos estão nomes de peso dentro do Comando Vermelho, todos com longas condenações por tráfico, homicídios e associação criminosa. A lista inclui:

Esses criminosos são apontados como responsáveis diretos por coordenar operações do tráfico em favelas da capital e da Baixada Fluminense, além de ordenar ataques contra forças de segurança.

Objetivo: cortar o poder das facções

A decisão de transferir os chefes é considerada uma das medidas mais duras já adotadas pelo estado no enfrentamento ao crime organizado.

O governo acredita que, ao retirar os líderes do território fluminense, será possível enfraquecer a estrutura das facções e reduzir a violência nas comunidades.

Fontes ligadas à segurança pública afirmam que os presos federais ficam isolados, com visitas controladas e comunicação limitada, o que impede a atuação das facções de dentro das celas.

Desafios e próximos passos

Apesar do impacto da medida, as autoridades reconhecem que o combate às facções exige continuidade e integração nacional.

A transferência dos líderes é apenas uma etapa — outras ações, como o bloqueio de contas, apreensão de bens e investigações financeiras, devem ser intensificadas para desmontar a estrutura econômica do crime.

Símbolo de força e cooperação

A operação representa um marco simbólico para o governo do Rio de Janeiro, que busca mostrar firmeza diante da escalada da violência e do domínio das facções em diversas regiões do estado.

Ao mesmo tempo, o episódio reforça a importância da cooperação entre os governos estadual e federal na luta contra o crime organizado.

Com a remoção dos sete chefes do Comando Vermelho, o estado envia uma mensagem clara:

O  poder do crime não será tolerado.

O desafio agora é garantir que a medida se traduza em resultados duradouros — com mais segurança, menos influência das facções e o fortalecimento das instituições responsáveis pela paz pública.

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