Tornado no Paraná devasta cidade e deixa sistema de saúde em colapso no Sul do Brasil

Foto: Roberto Dziura/AEN
Rio Bonito do Iguaçu teve 90% da área urbana destruída; equipes federais e estaduais atuam na recuperação dos serviços de saúde e no atendimento às vítimas
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

Um tornado de grande intensidade devastou a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no estado do Paraná, na noite de sexta-feira (7), destruindo cerca de 90% da área urbana e deixando o sistema de saúde local em colapso. Segundo dados da Defesa Civil do Paraná e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD), o fenômeno foi um dos mais severos já registrados na região Sul do Brasil.

O município de cerca de 13 mil habitantes registrou cinco mortes confirmadas, 125 feridos e mais de mil pessoas desalojadas. No total, 55 cidades paranaenses foram afetadas pelas fortes tempestades que atingem o estado desde o início de novembro, impactando mais de 30 mil pessoas.

Colapso na rede de saúde

A destruição parcial de unidades de saúde, escolas e residências levou ao colapso dos atendimentos locais. O Hospital Regional de Laranjeiras do Sul passou a receber os feridos mais graves e agora atua como principal ponto de referência da região.

Equipes de saúde pública foram mobilizadas para realizar triagens, estabilização de pacientes, reorganização dos fluxos assistenciais e apoio psicossocial às famílias afetadas.
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA-PR) informou que enviou reforços com médicos, enfermeiros e psicólogos, além de garantir o fornecimento emergencial de insumos, vacinas e medicamentos.

O coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, afirmou que a prioridade é restabelecer o atendimento e acolher os moradores.

“Nossa missão é cuidar e reconstruir. Cada pessoa atingida precisa de atenção, escuta e acolhimento”, destacou.

Assistência e reestruturação

A equipe da Força Nacional do SUS (FN-SUS) atua em parceria com o Governo do Paraná, a Defesa Civil Nacional e o CENAD, garantindo uma resposta articulada.
As primeiras ações incluem recomposição dos serviços de saúde, vigilância sanitária e ambiental, e suporte à gestão municipal.

O hospital de campanha modular pode ser instalado caso a rede local não consiga absorver a demanda. O equipamento tem capacidade para até 150 atendimentos diários e estrutura completa para emergências.

A tragédia em Rio Bonito do Iguaçu expôs a fragilidade do sistema de saúde em situações de desastre e reforçou a importância de investimentos em infraestrutura, preparo das equipes e resposta rápida às emergências.
Além de atender os feridos e reconstruir unidades destruídas, o desafio agora é restabelecer o atendimento integral, garantir assistência psicológica às famílias e evitar agravos sanitários secundários, como surtos de doenças transmitidas por água contaminada.

O episódio serve de alerta para que o Brasil reforce sua capacidade de resposta em saúde pública frente ao aumento de eventos climáticos extremos, que têm se tornado mais frequentes e intensos nos últimos anos. A prioridade, neste momento, é transformar a dor da destruição em um compromisso duradouro com a resiliência, o cuidado e a reconstrução da saúde coletiva no Sul do país.

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