Críticas de presidente expõem contradições no discurso ambiental do governo Lula
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a provocar tensão diplomática neste domingo (9) ao acusar o governo brasileiro de devastar parte da Floresta Amazônica para viabilizar obras de infraestrutura ligadas à COP30, conferência do clima da ONU realizada este mês em Belém (PA).
Em publicação na sua rede social Truth Social, Trump criticou a construção da Avenida da Liberdade, uma rodovia de 13 quilômetros que liga diferentes regiões de Belém e que é considerada estratégica para o deslocamento de autoridades e delegações durante o evento internacional.
“Eles devastaram completamente a Floresta Amazônica no Brasil para construir uma rodovia de quatro faixas para ambientalistas circularem. Virou um grande escândalo!”, escreveu o presidente americano.
A obra gerou críticas de ambientalistas, que afirmam que milhares de árvores foram derrubadas durante a execução do projeto. As declarações de Trump deram visibilidade a críticas que já vinham sendo ignoradas pelo governo sobre o impacto das obras na Amazônia.
Obra marcada por polêmica
O projeto da Avenida da Liberdade, executado pelo governo do Pará, aliado do presidente Lula, ganhou ritmo após a confirmação de Belém como sede da COP30, mesmo diante das críticas sobre o impacto ambiental.
Desde o início, a obra é alvo de críticas por causar impactos ambientais e sociais, com corte de áreas de floresta e remoção de famílias — um contraste direto com o discurso de preservação defendido pelo governo.
Moradores de áreas próximas relataram impactos ambientais e sociais, como alterações em nascentes e deslocamentos de famílias.
Críticas dos EUA à COP30
As críticas de Trump acontecem um dia após o secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, também questionar a conferência. Em entrevista concedida no sábado (8), ele classificou o evento como “prejudicial e equivocado”.
“A COP não é uma organização honesta buscando melhorar a vida humana. Posso até comparecer à próxima edição, apenas para levar um pouco de bom senso”, ironizou Wright.
A Casa Branca confirmou que nenhum representante de alto escalão participará da COP30, alegando motivos econômicos e de segurança nacional. Em comunicado, Trump reforçou sua posição:
“Não colocarei em risco a economia americana para perseguir metas climáticas impostas por burocratas internacionais.”
Pressão internacional
As declarações aumentam a pressão sobre o governo brasileiro, que tenta transformar a COP30 em vitrine política de sustentabilidade, apesar das denúncias de impacto ambiental.
A repercussão das falas do presidente americano expõe as divergências entre as políticas ambientais do Brasil e dos Estados Unidos, além de reacender o debate sobre o verdadeiro impacto das obras realizadas em nome da COP30.
Conclusão
As críticas de Donald Trump reforçam a polêmica em torno da conferência e da Avenida da Liberdade, obra que se tornou um dos principais pontos de debate sobre a coerência entre o discurso ambiental e as ações implementadas para a COP30.
Leia mais
CPMI do INSS pede prisão preventiva de 27 pessoas envolvidas em fraudes contra aposentados
Regulamentação do cultivo da Cannabis medicinal tem prazo prorrogado pelo STJ no Brasil
Tornado no Paraná devasta cidade e deixa sistema de saúde em colapso no Sul do Brasil

Faça um comentário